Caros Jeguiantes, mais um ano tem seu início e nada como voltar à ativa relembrando de bons momentos vividos no ano que passou para começar bem o que se inicia. Nossa viagem a Bonito, no Mato Grosso do Sul, não só me rendeu boas lembranças, como a vontade latente de um dia voltar àquela terra, de gente que te olha nos olhos, que compartilha suas histórias e te acolhe como um velho amigo que se ausenta, mas que é recebido sempre com os braços abertos em seu retorno. Em nossa viagem para a cidade, a convite do Bonito Web, portal especializado em três grandes passeios oferecidos pela cidade (Rio da Prata; Estância Mimosa e Lagoa Misteriosa); a agência de viagens Ygarapé Tour, que montou nosso roteiro, dinâmico e sempre divertido e o COMTUR, tivemos a oportunidade (Erik, Jegueton e eu) de conhecer várias atrações turísticas da região que engloba Bonito e Jardim, como o Balneário Municipal, o Bote no Rio Formoso, a Flutuação no Rio da Prata, a visita ao Buraco das Araras e ao Projeto Jiboia e até participar do Festival da Guavira, fruta típica da região. Dando continuidade aos relatos da viagem, hoje, meus caros jeguiantes – viajantes que embarcam conosco no lombo do nosso jeguinho -, vamos falar de nossa visita à Estância Mimosa e ao seu circuito de Cachoeiras.
- Estância Mimosa, Bonito, Mato Grosso do Sul
Uma das palavras que definem bem a Estância Mimosa é simpatia. Logo na entrada da estância, o visitante já dá de cara com o desenho da Vaquinha Mimosa, a mascote-símbolo do lugar. Se bem que sou uma pessoa suspeita para falar de vacas, afinal gosto muito delas, da sua serenidade ruminante, dos seus olhões e do seu fucinho grande. Bom, manifestações de amor às vacas à parte, reitero, meus caros, que simpatia é a nota que dá o tom deste passeio. 🙂
Localizada a 26 km de Bonito, a Estância Mimosa oferece um passeio para ser feito com calma, para aproveitar cada instante, cada detalhe. É preciso, no entanto, ter sempre em mente que, quando se trata de ecoturismo, tudo depende das condições climáticas do dia para que os passeios sejam melhor ou pouco aproveitados. Por exemplo, chegamos na estância com o sol radiante e saímos de lá debaixo d’água. Ainda assim, conseguimos aproveitar 5 das oito cachoeiras do circuito, observar animais e descansar à beira do lago que enfeita a paisagem em frente à casa-sede do lugar.
- Casa-sede da Estância Mimosa
Para os apreciadores do clima de fazenda, do verde, da proximidade com animais, sugiro a inclusão da atração turística no roteiro. Vale realmente à pena. Dentre as atividades oferecidas pela Estância Mimosa, estão: trilha e cachoeiras, passeio a cavalo, fotografia e observação de aves. Além das atividades, o visitante pode ainda almoçar na estância e lanchar bolos, pães caseiros e doces, produzidos na própria fazenda.
Antes de por o pé na terra e dar início à trilha, vale a pena passear pela estância, conhecer a casa, antiguidades ou simplesmente descansar no deck localizado à beira do lago, que é parte da paisagem.
Para quem gosta de artesanato, a casa-sede tem um espaço dedicado especialmente às peças produzidas por bonitenses e pantaneiros. Destaque para a simpática canequinha da Estância Mimosa, onde, hoje, Erik e eu tomamos nosso café todas as manhãs.
Para os amantes de antiguidades, estão expostas na casa da fazenda objetos e utensílios domésticos reunidos pelo proprietário e que hoje fazem parte da memória do lugar.
– Comida caseira feita em fogão à lenha
Uma das atrações à parte da Estância Mimosa é a sua gastronomia. Como foi citado anteriormente, o visitante ainda pode fazer suas refeições na fazenda. Todos os pratos são produzidos lá, desde os quentes aos frios, de bolos e doces aos pães caseiros, incluindo um delicioso pão recheado em forma de jacaré, que fez a festa da pessoa que vos fala! Nada como ver a lenha estalar no fogãozinho, aquecendo as panelas de barro, deixando a comida sempre quente e saborosa para os visitantes. 😀
- Observação de animais na Estância Mimosa, Bonito, Mato Grosso do Sul
Falando em jacaré, não poderia deixar de falar destes animais que habitam, nada mais, nada menos, que a lagoa da estância. Sim, a lagoa, localizada bem em frente à casa-sede da fazenda. Lá, uma família de jacarés (papai Tony, um jacarezão de mais de 2 metros, mamãe jacaré e filhotes) vive majestosamente naquelas águas. Tivemos a oportunidade de ver três jacarés, sendo que um deles chegou-se a nós pela margem. Apesar de não nos arriscarmos a por os pés muito próximos aos seus graciosos dentes, a trupe do Jeguiando tirou fotos para guardar de recordação e para compartilhar com os leitores. Hehehe! Confesso: tive medo do bichano abocanhar o Jegueton e fazer do meu jegue um lanchinho exótico!
Além da família de jacarés com seus dentes afiados, a estância é visitada por muitas aves, uma das atrações para os amantes de Birdwatching. Como disse, é um passeio com atrações múltiplas, com tempo para ser aproveitado e que renderá aos visitantes não só boas fotos como agradáveis vivências e recordações.
- Circuito de cachoeiras da Estância Mimosa, Bonito, Mato Grosso do Sul
– Informações gerais sobre a trilha
Finalmente, chegamos à principal atração da Estância Mimosa: a trilha e o circuito de cachoeiras. A duração do passeio é de 3 horas e 30 minutos, com paradas nas 8 cachoeiras para banho. Os grupos são divididos sempre respeitando o limite de 12 pessoas e é necessária a presença do guia. Os passeios são sempre controlados e cronometrados para que os grupos possam aproveitar a experiência de forma segura, sem agredir a natureza e se amontoar pelo caminho.
– Dicas importantes para a trilha e para as cachoeiras
Para aproveitar o passeio com conforto e segurança, siga as dicas que reunimos para vocês!
– Use sempre roupas leves nas trilhas;
– No pé, calçados como tênis ou papetes. Fui com o tênis para fazer a trilha, mas depois calcei uma sandália de borracha para fazer o percurso entre as cachoeiras. Com o pé molhado, não convém meter o pé no tênis, exceto quando este seja feito de material como neoprene, por exemplo;
– Leve sempre uma garrafinha de água para hidratação;
– Uso de repelente contra insetos é importante;
– Leve uma câmera descartável subaquática para fotos nas cachoeiras ou alugue na cidade câmeras digitais subaquáticas. Levamos uma digital subaquática e uma DSLR, que quase se afogou depois da chuva que pegamos. Não convém arriscar para não perder o equipamento, exceto quando este estiver acondicionado em bags ou caixas-estanques;
– Siga as instruções do guia. Lembre-se: ele conhece a trilha e a dinâmica do lugar, você não!;
– Para quem não sabe nadar, há paradas em cachoeiras com até 6 m de profundidade. Solicite um colete salva-vidas e aproveite as paradas com segurança!;
– Leve na mochila toalhas e roupas limpas para trocar no vestuário após o fim do passeio.
– 8 cachoeiras, água boa e muita diversão!
Com o calor sul mato-grossense presente quase todo o tempo, o visitante quer mesmo é se refrescar e água para isso, meus caros jeguiantes, não falta neste passeio! Como um circuito de 8 cachoeiras, o viajante poderá se banhar em todas as paradas. Cada cachoeira tem uma atração, uma particularidade, como a Cachoeira do Desejo, que guarda um segredo (não vou contar para não perder a graça) e a Cachoeira do Salto, de onde se pode mergulhar do alto de uma espécie de deck.
Como disse, cada cachoeira tem sua atração e sua particularidade. Umas são mais profundas, outras bem rasas, a ponto de eu sair ralando o joelho na descida do deck. Paisagens extasiantes, água fresquinha, lindas quedas. É isso que te espera! 🙂
O passeio é indicado para todas as idades, levando em conta, como sempre, o limite individual das pessoas. É preciso estar ciente de que para chegar às cachoeiras é necessário fazer a trilha e está disposto para isso. Na água, entenda seus limites. Se não sabe nadar, use o colete. Se sabe nadar e cansar, não se acanhe! Peça a boia, segure-se e espere o cansaço passar. O guia sempre respeitará os limites de cada um e é preciso pensar em grupo. Há quem caminhe mais rápido, há quem caminhe mais devagar. A importância de sair com pequenos grupos está inclusive na melhor administração dessas diferenças, o que faz com que todos acabem por aproveitar mais e melhor o passeio!
- Mais informações
A Estância Mimosa Ecoturismo situa-se 26 km ao norte do município de Bonito, às margens do Rio Mimoso. O acesso à Estância é feito pela rodovia MS-178 (Bonito – Bodoquena).
Caros jeguiantes, espero que tenham gostado do post sobre a Estância Mimosa. Para maiores informações, acesse Bonito Web e Ygarapé Tour e veja como se programar! Ah, e não deixem de acompanhar os próximos posts sobre nossa visita a Bonito! Até a próxima!
- Agradecimentos pelo convite: Ygarapé Tour; Bonito Web; Marruá Hotel; COMTUR – Conselho Municipal de Turismo – Bonito – MS
- Guia que indicamos para seu passeio: Cris (Contato: crisguiabto@hotmail.com ou através do fone (67) 3255-1837.
- Post: Janaína Calaça.
- Imagens: Erik Pzado, Cris.
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Erik e Janaína, Parabéns pela riqueza de detalhes da reportagem e informações bem detalhadas. A Estância é maravilhosa com certeza!!!
Oi Janaína, acabei de conhecer o blog de vocês e adorei!
Também estive em Bonito em 2010 e revivi, através dos seus relatos e fotos, minha estadia por lá.
Sou nova nessa área de blog de viagens. Eu e meu marido criamos o blog em maio de 2010 com o intuito de mostrar pra família, quando possível em tempo real, as nossas viagens. Mas no final das contas, a gente acaba ajudando muitas outras pessoas com dicas, não é verdade?!
Voltarei mais vezes aqui, ok. 😉
Feliz 2011.
Bjo
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