Jeguiando

Caros jeguiantes, partindo de Salvador e pegando a Linha Verde, o litoral norte baiano reserva uma série de praias a serem visitadas não só por soteropolitanos, como também por turistas em visita à capital da Bahia. Jauá, Buraquinho, Arembepe, Guarajuba, Itacimirim e Praia do Forte são alguns dos exemplos que pontuam o litoral. A Praia do Forte, como citei no post anterior, é uma das mais preparadas para a recepção turística, por sua estrutura e, principalmente, por seus atrativos, como a presença do único castelo em estilo medieval construído em terras brasileiras – o Castelo Garcia D’Ávila – e pelos projetos de educação e preservação ambiental alocados nesta região, como o Projeto Baleia Jubarte e o Projeto TAMAR, de que falaremos hoje.

• Projeto TAMAR, Praia do Forte, Bahia

O Projeto TAMAR (Tartaruga Marinha) foi fundado em 1980, é ligado ao IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) e conta com o patrocínio da Petrobras. Com mais de 30 anos de história, o projeto atua na “pesquisa, conservação e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção”, segundo consta no site do projeto. O TAMAR dedica-se a pesquisar a dinâmica de vida desses animais, seus hábitos e ainda trabalham monitorando ninhos, auxiliando o momento de nascimento das tartarugas marinhas e o seu trajeto para o mar.

• Visitando o Projeto TAMAR

Localizado na Praia do Forte, no município de Mata de São João, à beira mar, o Projeto TAMAR recebe, todos os dias, visitantes de várias regiões, interessados em conhecer de perto as espécies de tartarugas marinhas, resgatadas e estudadas pela instituição. Ao preço de R$ 15,00 por pessoa , o visitante terá acesso à toda a área do projeto, constituída de uma espécie de museu, com réplicas das espécies que habitam os mares brasileiros, esqueletos e cascos conservados para observação, sempre acompanhados de quadros informativos; ninhos protegidos; tanques e salas onde acontecem palestras e exibições de filmes.

De forma a transformar a visita em um momento de aprendizagem, as réplicas espalhadas ao longo da área do projeto ajudam o visitante a identificar cada espécie e suas principais características. Lá também está montada uma cena de desova, em que uma tartaruga é representada no momento em que põe seus ovos na areia. De um lado, um cenário didático sobre esta etapa da vida de uma tartaruga, do outro, ninhos com ovos de verdade são protegidos até o momento de eclosão, em que as tartaruguinhas tomam seu caminho para o mar e enfrentam, a partir de então, os predadores naturais.

Depois de avistar os ninhos, é hora de conhecer as tartarugas, que habitam os tanques do projeto. Cabeçuda ou Mestiça, Tartaruga de couro ou gigante, Tartaruga de pente, Tartaruga oliva, Aruanã, todas ou quase todas podem ser vistas por lá, nadando tranquilamente nas águas das piscinas monitoradas pelos profissionais do projeto.

Além de poder avistar as tartarugas em fase adulta, o visitante também poderá ver de perto as tartarugas ainda filhotes e conseguir mensurar por quanto tempo estes animais podem viver e o quanto são capazes de crescer.

Além de se dedicar à preservação e ao estudo das tartarugas marinhas, o projeto também abriga algumas espécies de peixes e até alguns tubarões lixa, que também podem ser vistos de perto, nadando calmamente nos tanques.

• Lojinha, bar e restaurante do Projeto TAMAR

A área que envolve o Projeto TAMAR ainda abriga uma lojinha, que comercializa produtos voltados para a manutenção do projeto, como camisetas, bolsas, chaveiros, sandálias etc. Lá também funcionam bares e restaurantes, onde você poderá bebericar ou petiscar algo à beira mar. O local ainda conta com sanitários, para atender aos visitantes.

• Outras informações

– Localização: Praia do Forte, município de Mata de São João, a 50 km de Salvador, Bahia.

– Ingresso: R$ 15,00 (por pessoa)

– Site do Tamar: http://www.tamar.org.br/index.php

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