No último dia 17 de maio chegou ao fim a ação Desafio Jimny 100.000 KM em 100 dias, promovida pela Suzuki Veículos do Brasil. A ação foi uma prova de resistência na qual a fabricante elegeu seis motoristas não profissionais para conduzir dois exemplares do Jimny por todo território brasileiro.
O fim da jornada ocorreu por volta das 11 horas da manhã no autódromo Velo Città, localizado em Mogi Guaçu, no interior do estado de São Paulo. Em paralelo, ocorreu o Suzuki Track Day, onde proprietários da marca puderam acelerar seus veículos no autódromo e participar de uma etapa de rally de regularidade, prova na qual a velocidade não é o objetivo e sim a correta utilização dos dados de navegação fornecidos no começo da etapa. Ganha não o mais veloz, mas sim o mais regular em todas as passagens.
- O fim dos 100 dias
Na parte da manhã nos concentramos no evento da chegada dos veículos completando os 100.000 quilômetros. Ao final desta jornada de 100 dias, pudemos conhecer os seis pilotos responsáveis por guiar os dois carros do desafio. Se há um termo adequado para esse time de pilotos é “Perfect Strangers”. Ouviu-se nos bastidores que a mecânica não foi um desafio para os carros, mas sim o convívio entre os desconhecidos, que precisavam se revezar no comando dos carros.
Ao final da apresentação dos pilotos, o microfone seguiu para Luiz Rosenfeld, presidente da Suzuki Veículos do Brasil, que fez um resumo sobre o processo de manufatura do Jimny em terras brasileiras, no município de Catalão (GO). Rosenfeld destacou o rigor no processo de produção do jipinho, que foi homologado pela fabricante japonesa após diversas inspeções e adequações no processo originalmente implementado na fábrica nacional da marca.
Foram expostos ainda números sobre a ação, inclusive o “histórico médico” de cada um dos veículos que foram escolhidos aleatoriamente na linha de montagem. Em linhas gerais, ambos os veículos se deram muito bem, não havendo intervenções técnicas profundas ou ainda cessão de atividade por quebra. A maior parte das manutenções envolvidas foram relacionadas a desgaste natural e eventuais acidentes, como a substituição de um conjunto de faróis em decorrência do atropelamento de uma coruja durante um deslocamento noturno, furos em pneus e uma troca preventiva da tampa do cubo de uma das rodas. Fora isso, apenas lâmpadas e itens normais de revisão foram substituídos.
- A agenda do dia
A agenda do dia foi repleta de atividades voltadas para a imprensa, onde pudemos tomar parte nas seguintes tarefas:
- Comparativo de estrada pavimentada e Off Road com um Jimny 0 KM e outro com 100.000 quilômetros rodados;
- Pista Off Road – 4×4 reduzida posta em prova;
- Volta rápida no circuito a bordo de um SX4 com o piloto César Urnhani.
Cada uma das atividades foi executada sempre com o acompanhamento de um piloto profissional ou engenheiro para auxiliar o condutor na execução das proposições da ação. O detalhamento você acompanha a seguir:
>> Comparativo Jimny 0 KM versus 100.000 KM
No comparativo entre o veículo usado no desafio e o Jimny 0 KM, eu e nosso Jeguiante convidado, o Administrador de Redes e viciado em carros Marcelo Bomfim, seguimos na condução por um trajeto de dois quilômetros – cada um pilotando um dos veículos – e, no meio do trajeto, trocaríamos de carros para que houvesse base para a comparação.
Pois bem, o Marcelo conduziu o Jimny 0 KM e eu o veículo com 100.000 quilômetros rodados. Para equalizar as condições do teste, a Suzuki realizou a troca dos pneus do carro com 100.000 quilômetros para que os condutores pudessem avaliar o carro rodado nas condições mais próximas ao veículo 0 Km. Um bom ponto para assimilar o nível de ruído dos carros, já que pneus mais novos produzem mais ruído quando em rodagem.
O trajeto compreendia um trecho em estrada pavimentada e um trecho em terra. Para experimentar todas as possibilidades de condução do jipe, optamos por conduzir ambos da mesma forma e combinação. Na parte pavimentada com aproximadamente um quilômetro de extensão, conduziríamos os carros em tração 2×4 e, na parte não pavimentada, a condução seria em modo 4×4. A transição de tração pode ser feita com o veículo em movimento através de um botão no painel central. Embora a transição possa ser realizada tecnicamente até a velocidade de 80 km/hora, é uma boa prática realizar a transição em velocidades baixas ou até mesmo parado, já que é notória a diferença no comportamento do bólido.
>> Condução do veículo em estrada asfaltada: No modo 2×4, a sensação é a de dirigir um carro de passeio e não um jipe. A diferença está na posição de condução, mais elevada do que a maioria dos carros deste porte. A ergonomia é surpreendentemente confortável até mesmo para este condutor com mais de 140 quilos que vos escreve. 😀 Por ser elevado, o acesso ao habitáculo é bastante facilitado, o que o torna sem dúvida uma ótima opção para condutores com problemas para se curvar ou que simplesmente desejam mais conforto. Não pude deixar de lembrar também de motoristas com mais idade e com limitação de mobilidade. Para eles, o carrinho possui uma grande visibilidade a partir do cockpit e, por ter dimensões compactas, se torna ainda mais interessante como opção urbana. Seu motor responde bem e, por ser um carro leve, a sensação de força do motor se torna ainda mais evidente. Bom de curvas e retas, o carrinho com 100.000 quilômetros rodados não apresentou qualquer ruído que chamasse a atenção ou que efetivamente me causasse incômodo. Na estrada ele foi silencioso e ágil.
>> Condução do veículo em estrada de terra: No modo 4×4 o comportamento do carro muda e não é pouco. A condução do veículo se torna especialmente ainda mais prazerosa nesta forma. Mesmo que seja para trafegar em baixas velocidades e num terreno que não ofereça grandes desafios, além é claro de um pouco mais de tendência a derrapagens, o Jimny sendo conduzido em modo 4×4 incorpora a condição de Jipe. Você sente muito mais o tracionamento do carro, assim como percebe que ele fica mais arredio, mais bruto, literalmente mais forte. Para o deslocamento em terra, a tração 4×4 oferece um conforto a mais e uma grande sensação de segurança – percebe-se claramente que o carro está indo na direção para a qual você está o direcionando. Isso faz muita diferença principalmente para motoristas pouco experientes e os ditos condutores condicionais, isto é, aqueles famosos anunciantes de frases como “não dirijo em estrada de terra”.
Depois de cumprir este trajeto, invertemos os carros e a percepção do veículo com 100.000 quilômetros agora tinha um comparativo. Refizemos o roteiro inicial e o resumo de nossas percepções foi bastante parecido.
- Conclusão do desafio 100.000 KM versus 0 Km:
O veículo mais rodado apresentou três diferenças básicas e perceptíveis:
1) A alavanca do câmbio e o pedal da embreagem estavam mais macios e confortáveis para o uso;
2) Os bancos ficaram igualmente mais macios sem perder a forma;
3) Um discreto ruído de trepidação foi perceptível no painel durante a condução na estrada de terra.
>> Pista Off-Road em 4×4 Reduzida
Pense em tudo aquilo que você não gostaria de fazer com o seu carro, mas não se importaria muito em fazer com o carro de outra pessoa! Foi exatamente o que fizemos nesta atividade. 😈 Um traçado (que não deveria ser chamado de pista por ninguém) disposto em um relevo com solo rochoso, buracos, aclives de 45 graus em terra arenosa e costelas com um ângulo de ataque beirando o limite técnico de 45˚ do carro. Em resumo, o trajeto era o sonho de meninos (de qualquer idade) e um pesadelo para os proprietários de qualquer carro. Dadas estas condições, o circuito foi executado utilizando apenas a tração 4×4 reduzida e, particularmente, eu não vejo outra forma de transpor os obstáculos sem esta configuração.
A logística dessa atividade consistiu em uma volta assistida com um dos pilotos da Suzuki, onde o mesmo demonstraria os macetes e como transpor os desafios do trajeto e na sequência as posições seriam invertidas, cabendo ao passageiro da primeira volta a condução pela segunda volta do desafio. Uma evidência do grau de dificuldade do circuito é a velocidade média alcançada nesse passeio ao campo. Com pouco menos de um quilômetro de extensão, os pilotos cruzaram o desafio em aproximadamente 14 minutos. Que tal?
Como estratégia de marketing esta foi a atividade mais acertada da ação. Sem qualquer sombra de dúvida, todos os participantes dela saíram com boas histórias pra contar, além de é claro ter uma perfeita visão sobre a capacidade do carrinho.
- Conclusão do desafio 4×4 reduzida
Em modo 4×4 reduzida, o Jimny vira um gigante. Pequeno e de fácil condução, o carrinho enfrentou os desafios preparados sem qualquer problema. O trajeto foi todo realizado usando a absurda tração oferecida pela reduzida. A relação peso versus potência do carro é suficientemente alta para que tenhamos cometido uma grande extravagância: realizamos o percurso todo em menos de 14 minutos e com ar condicionado ligado.
Preciso dizer mais?! Impressionante a versatilidade do carro. 😯
>> Volta Rápida com César Urnhani no SX4
Nesta atividade o lazer tomou conta e a avaliação técnica ficou do lado de fora. A bordo de um Suzuki SX4 com discretas modificações, que compreendiam a adição de uma gaiola de segurança, remoção do acabamento e dos bancos originais, suspensão mais firme, pneus de corrida e escape direto, o carro não estava muito diferente de um veículo disponível em qualquer concessionária da rede. A proposta desta ação era proporcionar ao passageiro a real experiência da velocidade a qual os pilotos são expostos durante uma competição.
Na pilotagem, o experiente piloto da Pirelli e apresentador do programa Auto Esporte da Rede Globo, o carismático César Urnhani. Como o ritmo da corrida era frenético, os passageiros eram preparados um a um com capacete, enquanto César executava seu traçado. Ao retornar aos boxes o tempo de parada resumia-se à troca de passageiros e a eventuais trocas de pastilhas, que, por serem originais do carro, não resistiam mais que dez voltas no agressivo estilo de pilotagem necessário em uma competição real. Péssimo para os mecânicos que tinham como tarefa realizar a troca das pastilhas como loucos e sorte para fotógrafos que puderam registrar com suas lentes o fumaceiro causado pelo super aquecimento do sistema de freios após o castigo infligido.
Para saber como é circular em um veículo pilotado por alguém experiente, veja este vídeo gravado pelo @EddiePreto a bordo do SX4.
- Resumo do dia
Se a proposta da Suzuki foi estreitar laços com a imprensa e proprietários da marca, sem sombra de dúvidas conseguiram. O fio condutor da ação foi aliar a imagem da marca a uma palavra: diversão!
Além de toda a diversão, ficou evidente a seriedade e confiança da Suzuki em seus produtos. A exposição livre dos veículos e a permissão para que cada um dos presentes levassem os carros ao limite, sempre é claro acompanhados por um profissional, evidenciou que o Jimny é um carro pequeno no tamanho, mas não em potencial. Saímos desta experiência cansados, sujos, suados e com um sorriso dificílimo de arrancar do rosto! 😀
Agradecimentos:
À Suzuki Veículos do Brasil e a iFruit pelo convite, ao César Urnhani pela experiência e simpatia, a Thaís Sakuma e ao Fernando Solano por todo o suporte e diversão :-).
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Eu estava lá e achei bem legal o dia. Agora entendi o que era o gordinho andando com um burrinho de pelúcia na mochila. Goestei do relato.
Não é a primeira vez que causamos estranheza com o Jegueton! :D.
E suas impressões? O que achou das atividades? Participou do Track Day?
Abs,
Erik
[…] e me preparei para as provações o novo martírio guardado para nosso trajeto. Senti saudades de um jipinho 4×4 que tive a oportunidade de testar e que em minha cabeça, passaria naquele caminho com direito a […]