Olá amigos Jeguiantes, em 17/08/2011, nós tivemos a honra de participar do Ford Open House ocorrido no TPG. O TPG ou Tatuí Proving Ground é uma das plantas da Ford no Brasil, onde há o desenvolvimento e montagem de protótipos, assim como todos os testes necessários para garantir a qualidade dos veículos fabricados aqui no Brasil e Argentina.
O evento marcou a primeira “abertura da casa” a blogueiros e publicações não especializadas em automóveis. Essa atitude demonstra claramente a postura da Ford em receber o feedback do consumidor final, aquele cara do dia a dia que faz suas economias e compra seu carrinho financiado, sem necessariamente ter uma visão crítica sobre tudo e muito menos se julga especialista sobre, mas como bom brasileiro tem opinião e valoriza a experiência de sentir-se alguém dentro de seu bólido e que fica contando os minutos para contar vantagem aos amigos sobre a potência, conforto, autonomia e outras façanhas realizadas pelo seu brinquedão (ou ferramenta) de quatro rodas.
Vestidos de consumidores, fomos nós aprender um pouco sobre as estações de teste da Ford no TPG, descobrir que, quando se produz um veículo como produto de massas, é necessário pensar em todos os tipos de terrenos e consumidores os quais o veículo irá enfrentar.
No ambiente preparado para nossa recepção, estavam expostas fotos históricas do TPG com veículos lá nos idos de 1978 sendo igualmente testados. Nos paineis, eram visíveis caminhões da marca, assim como alguns exemplares de Corcel II e Belina II. Este foi o gatilho para me fazer viajar ao passado.
Imaginar que os carros, que foram da família, haviam passado por aquilo (pelo menos em amostragem) foi bem bacana. Em casa, nunca fomos fiéis a marcas, o que se deve em grande parte por sermos brasileiros-padrão, que levam em conta o fato da facilidade financeira muitas vezes ficar acima da vontade, mas muitos Fords passaram por nossa família, como o Corcel II LDO, Corcel II L, Escort e alguns vários Fiestinhas. Carro 0 KM na família? Esse só chegou em 1994, mas como já estou divagando, vamos voltar ao que interessa.
O passeio no TPG envolveu atividades nas 4 estações, que despertaram um #VivaldiFeelings 🙂 em todos os participantes:
- Estação 1 – Pistas
O nome já diz tudo, né? Esta estação está dividida em 7 pistas, sendo:
- Labirinto (4,9Km)
- Hill Section (1,2Km)
- Alta Velocidade (3,8Km)
- Baixa Velocidade (3,6Km)
- Interna (1,2Km)
- Pistas Especiais
- Rampas (até 30º de inclinação)
- Estação 2 – Laboratório de Emissões
Onde os veículos ficam sobre um dinamômetro em constante uso, simulando as condições de rodagem reais.
Nessa estação, podemos dizer que é onde ocorre uma espécie de “Guitar Hero para Carros”, onde o piloto da Ford opera o veículo seguindo a curva de aceleração e trocas de marcha conforme um “gabarito” projetado em uma tela à sua frente.
Com isso, o veículo trabalha em condições similares às encontradas no dia a dia e o fabricante consegue aferir os níveis de emissão de poluentes em condições normais de uso. Aliás este laboratório é o único da Ford na América do Sul em que os ensaios praticados são acreditados pelo INMETRO, baseados na norma internacional ISO 17025 (norma esta que rege e afere a elegibilidade de laboratórios baseados em critérios de escopo, referência normativa, termos e definições, gerenciamento de requerimentos e requerimentos técnicos).
- Estação 3 – Laboratório de Qualidade Sonora
Particularmente adorei esta estação. Nela os engenheiros da Ford conseguem identificar fontes de ruído no projeto do veículo e ajustá-lo acusticamente. Tudo é contemplado nesse laboratório, desde o som do fechamento de uma porta (sim, até mesmo o ruído da borracha de vedação da porta é levado em conta quando se fala do trabalho desse pessoal) até mesmo o som que o combustível faz dentro do tanque quando o carro pára, cessando o movimento! Para os que possuem ouvidos de cachorro como eu, saber que existe esta preocupação por parte de um fabricante é sem dúvida um afago atrás da orelha (ainda aludindo o cãozinho, ok?).
Dentre os instrumentos usados nessa estação, há um equipamento absurdamente interessante e sofisticado chamado “Noise Vision”, que consegue literalmente ver o som, similarmente a uma imagem térmica. Na foto abaixo, um exemplo prático realizado com um celular tocando música sobre uma mesa sendo identificado em vermelho como fonte do ruído no ambiente.
Outro dispositivo que auxilia muito a análise é um microfone especial que simula a cabeça de um ser humano, o “Head Acoustics”, dotado de texturas, densidades e formas que simulam a refração e absorção sonora exatamente como ocorre com a gente.
- Estação 4 – Four Poster
Este é um grande simulador de pavimentos, através do qual é possível que outras unidades da Ford, ao redor do mundo, possam “escanear” condições de pavimento e solo, criar um padrão de vibração no qual o veículo é exposto a0 transitar nestes trechos e enviar para o TPG, onde eles podem reproduzir exatamente o mesmo padrão de vibração indoor.
Um exemplo prático disto é conseguir identificar o comportamento do veículo enfrentando obstáculos únicos ao redor do mundo, assim como transitar sobre as lombadas de topo quadrado, as chamadas smart speed bumps na China. Hoje o Four Poster tem grande importância no desenvolvimento de produtos globais, como é o caso da nossa EcoSport, que agora é um veículo globalmente difundido.
O evento foi um marco na história da Ford, que, até então, havia apenas aberto o TPG para a imprensa especializada. E, para reforçar a questão afetiva de que no final tudo se trata de pessoas, fomos convidados a rodar pelas pistas logo como primeira atividade embarcados na EcoSport, onde pudemos sentir e experimentar os limites do carro regiamente conduzido pelos excepcionais pilotos de prova da montadora.
Nessa brincadeira proposta pela Ford, pudemos constatar algo simples: carros foram feitos para rodar! No trecho da pista conhecido na montadora de Hopi Hari, sentimos do que é feita a EcoSport. Um carro que, literalmente, depois desta experiência fez por merecer que a fama de risco de capotamento seja apagada! Como o vídeo abaixo demonstra é simples: A EcoSport não capota! 🙂 Nem com toda a Trupe do Jeguiando dentro!
Deste dia trouxemos muita alegria e honra em participar de um evento de tamanha proporção e capricho e deixamos nossos agradecimentos às equipes da Ford e da agência Burson Marsteller pela experiência proporcionada.
Siga a trupe do Jeguiando no Twitter!
- Twitter do Jeguiando: http://twitter.com/jeguiando
- Twitter do Erik Pzado: http://twitter.com/pzado
- Twitter da Janaína Calaça: http://twitter.com/jana_calaca
*Aviso: Todo o conteúdo do Jeguiando.com está protegido pela LEI DO DIREITO AUTORAL, Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. Portanto é proibida qualquer reprodução ou divulgação das imagens, com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na WEB, sem prévia consulta e aprovação. **Comentários ofensivos serão deletados.
O Hopi Hari está aos 8m30s do vídeo! Se a ansiedade for grande, dê esse pulinho direto! 😀
…se o Corcel tivesse essa tecnologia heim…não teríamos AP/DP…rs…
É fióte… na verdade o que o dito Corcel tinha de defeito era um motorista sem habilitação, brincando no cascalho numa vicinal em Guarulhos hahaha
[…] e blogs de turismo e viagens, onde nos encaixamos. O grande exemplo da confiança foi ter aberto o TPG – o campo de provas de Tatuí não só para a mídia especializada e tradicional, mas para as mídias sociais também. Marcos de […]