Quando as temperaturas começam a subir em terras e águas brasileiras, é tempo de cruzeiros. Nos principais portos do país, navios vão chegando lentamente, trazendo viajantes de várias partes do mundo e recebendo outros para dar continuidade à viagem. Santos, Salvador, Rio de Janeiro, Búzios, esses são apenas alguns destinos visitados pelos grandes navios, ao cruzarem as águas brasileiras, trazendo novos cenários ao horizonte de quem permanece a observar o oceano a partir da praia.
Decerto pelo fascínio que o mar provoca em muitas pessoas, sabemos que o oceano por si só já é um convite suficiente para uma viagem, principalmente se levarmos em conta que ele será uma presença constante enquanto estivermos embarcados em um navio, por exemplo. Deve ser por isso que a procura por cruzeiros cada vez mais é consistente. Além de contar com a estrutura de um resort ou de um grande hotel, o viajante ainda se encanta com a possibilidade de amanhecer praticamente em um destino diferente, tendo sempre à sua janela – ou ao alcance dos olhos – a presença poderosa e viva do mar, que de tão profundamente belo já foi mote para escritores, poetas, pintores e músicos. O oceano é sempre um bom lugar para estar.
Recentemente, Erik e eu embarcamos em um cruzeiro de quatro dias no navio Splendour of the Seas, a convite da Royal Caribbean, cujo ponto de partida para nós foi Salvador, com parada no Rio de Janeiro, e destino de desembarque em Santos. Foi a nossa primeira experiência a bordo de um cruzeiro e estamos contando aos poucos o que vivenciamos, desde os “Preparativos de viagem para embarcar no Splendour of the Seas” – para quem, como nós, é “marinheiro de primeira viagem” e precisa de dicas básicas para entender um pouco a dinâmica de um cruzeiro – até tudo sobre a “Estrutura e entretenimento oferecidos pelo navio” da Royal Caribbean. Depois de contarmos um pouco sobre o que viajante encontrará em um dos navios mais conhecidos da companhia, é hora de fechar a nossa série de posts sobre o cruzeiro com a parte mais gostosa – literalmente – da viagem: a gastronomia no Splendour of the Seas. Prepare-se para ficar com fome! =)
- As experiências gastronômicas do Splendour of the Seas – Navegar é saboroso!
Apesar de termos embarcado em Salvador rumo a Santos, o Splendour of The Seas já vinha de uma longa viagem, cujo ponto de partida foi Barcelona. Com quinze dias de navegação, não só é preciso muita criatividade para manter todos a bordo animados – tenho que salientar que a equipe de entretenimento consegue esse feito –, como também é preciso manter o viajante satisfeito com algo que o toca – digamos assim – de forma profunda: com a comida.
A gastronomia é, inquestionavelmente, um ponto de extrema importância em uma viagem – assim como em nosso dia a dia. Ao redor da mesa, não só alimentamos o corpo, como também alimentamos as nossas relações afetivas, seja com a família, com os amigos ou com os nossos parceiros. Além de uma necessidade fisiológica, comer também é uma vivência social e lúdica. Sentar-se à mesa é um ritual e gera lembranças e histórias. Comer bem em um restaurante, experimentar preparações fantásticas, tudo são passagens que ficam registradas em nossa memória. Pensando nisso que a Royal Caribbean não só idealizou uma estrutura que desse conta da função primordial da alimentação – que é nutrir o corpo –, como também da função social e afetiva: comer bem faz qualquer ser humano mais feliz e dividir a mesa com companheiros de viagem é sempre uma festa! 😉
Para dar conta de todos os gostos – ou pelo menos de uma boa parte deles – e agradar o maior número possível de passageiros, o Splendour of The Seas reúne, a bordo, cinco restaurantes, além de cafés, lanchonetes e sorveteria. Além do restaurante principal – o Windjammer Café –, que funciona em sistema de buffet e onde são oferecidas as refeições principais inclusas no pacote (café da manhã, almoço e jantar), o navio ainda conta com quatro restaurantes de especialidades – todos a La Carte –, que são ótimas opções para quem quer dar uma “variada no cardápio” durante a viagem – seja ela longa, ou curta.
Entre os restaurantes de especialidade estão: o Izumi, especializado em gastronomia oriental, com destaque para seus deliciosos sushis; o Chops Grille, uma churrascaria que engloba desde carnes nobres a frutos do mar; o King & I Dining Room, com capacidade para acomodar até 991 pessoas, com cardápio A La Carte e buffet de saladas e, por fim, o fantástico Chef’s Table, que oferece um jantar intimista para apenas doze pessoas por noite, incluindo cinco pratos e harmonização de vinhos – que, para nós, é o ponto alto da gastronomia do navio.
Se você ficou curioso para ver o que cada um oferece, continue a ler o nosso post! 😉
- Chefs Table
Em uma sala pequena, mas de tamanho suficiente para acomodar uma mesa de banquete com doze lugares, funciona o Chefs Table, um restaurante que oferece um jantar especial de cinco pratos gourmet – devidamente harmonizados com vinhos de várias partes do mundo –, que é uma verdadeira experiência sensorial para os foodies e amantes de gastronomia em geral.
Ao chegarmos ao local onde funciona/acontece o Chefs Table, todos os lugares dos participantes do jantar já se encontravam marcados e sinalizados com uma plaquinha. O jantar do qual participamos foi assinado pelo chef indiano Renato Costa, que nos presenteou com uma das noites mais saborosas e agradáveis a bordo do navio.
Nosso jantar teve início com pãezinhos quentinhos e, em seguida, o confit de salmão com cauda de lagosta deu início, oficialmente, à nossa incursão gastronômica pelas preparações do chef indiano. Tanto os pães, como a entradinha estavam divinos!
Dando continuidade ao jantar, o chef preparou ainda um duo de consumés (um de pato; o outro de aipo – ambos deliciosos), acompanhados por um brioche, que, se não me engano, foi preparado utilizando gordura de pato em seu preparo também.
Harmonizado com vinhos tintos e brancos – da Itália, África do Sul e Canadá –, o jantar prosseguiu com vieiras e vitela ao molho de vinho. Cada prato, antes de chegar à mesa, era cuidadosamente apresentado pelo chef Renato Costa, que nos dava algumas sinalizações de como preparou cada uma das delícias servidas naquela noite. Para fechar o jantar, ainda foram servidos como sobremesa um parfait de pistache crocante com pera cozida e um delicioso mix de petit four – como já estava completamente satisfeita, acabei não me dedicando tanto ao parfait como deveria, afinal chocolate é sempre chocolate!
Dentre todos os restaurantes que visitamos, sem dúvidas, o Chefs Table é o destaque. Com uma proposta harmoniosa de sabores, o jantar não só vale pela qualidade das preparações servidas e dos vinhos, como, e, principalmente, pela experiência de dividir a mesa com outras pessoas apaixonadas por gastronomia.
O jantar no Chefs Table custa US$ 95,00 por pessoa, mas também é oferecido um pacote (que acredito ser muito mais atraente) no valor de US$ 115,00, que inclui um jantar no Chefs Table, um no Izumi e mais uma noite no Chops Grille.
- Restaurantes de Especialidades
– Chops Grille
O Chops Grille, o restaurante de grelhados exclusivo da Royal Caribbean, é uma outra boa opção entre os restaurantes de especialidades, para quem quer fugir um pouco do buffet do Windjammer Café. Aconchegante e convidativo, o local é especializado em cortes nobres de carnes, mas também serve preparações à base de frutos do mar. Eu, por exemplo, escolhi de entrada um bolinho de siri e, como prato principal, lagostins grelhados. Erik escolheu um mix de grelhados e de sobremesa apostamos na torta de chocolate e de morango. O jantar no Chops Grille custa US$ 32,00 e inclui entrada, prato principal e sobremesa – bebidas à parte.
– Izumi
Para quem, como nós, é um grande apreciador de gastronomia japonesa ou de influência asiática, o Izumi, assim como o Chops Grille, surpreende. Servindo sushis, sashimis, pratos cozidos na pedra quente (ishi-yaki) a La Carte, o restaurante é uma opção agradável principalmente para as noites mais quentes a bordo do navio.
Como os pratos são servidos a La Carte, o ideal é que se prove um pouco de cada. Como a mesa era composta por um grupo grande, pedimos várias preparações de forma que todos pudessem experimentar de quase tudo. Os camarões empanados e os rolls (os bolinhos de arroz com peixe e frutos do mar) são fantásticos e alguns deles possuem um toque apimentado, que torna os pratos ainda mais interessantes – em minha opinião, claro, que sou uma apreciadora de pimentas. Para jantar no Izumi, há uma taxa de serviço de US$ 3,00 no almoço ou US$ 5,00 no jantar e é preciso fazer a reserva previamente.
- Outras opções de restaurantes
– King & I Dining Room
Além dos restaurantes de especialidades e do irretocável Chefs Table, o Spledour of the Seas ainda abriga mais dois restaurantes: o King & I Dining Room e o Windjammer Cafe. O King & I é um restaurante a La Carte, com um delicioso buffet de saladas, que é também uma ótima opção para quem queira dar uma variada nas refeições com o Windjammer. No menu, carnes, frutos do mar e massas, além de sobremesas. Não deixe de dar uma passada no buffet de saladas. Lá, você escolhe os ingredientes e os chefs montam uma salada fresquinha na hora para começar bem o almoço ou o jantar.
– Windjammer Café
O Windjammer é o restaurante principal do Splendour of the Seas e funciona, como citei anteriormente, em sistema de buffet. Lá são oferecidas as refeições principais inclusas no pacote (café da manhã, almoço e jantar), além de algumas bebidas igualmente inclusas, como alguns tipos de sucos, chás e água. Bebidas como refrigerante ou cerveja, por exemplo, são cobradas à parte (sem esquecer que tudo no navio é tarifado em dólar).
A variedade do Windjammer é grande em termos de preparações e inclui saladas, frios, pratos quentes (carnes, peixes, massas etc.) e sobremesas, que sempre englobam doces e frutas. Por a comida ser feita em escala, o sabor não é tão pronunciado como nos demais restaurantes, mas ainda assim é tudo fresquinho e bem feito.
– Lanchinhos e drinks
Para cafés, lanches rápidos e sorvetes, o passageiro tem à sua disposição: o Solarium Café, que serve saladinhas, sanduíches, nachos, iogurte e tortinhas, localizado no Solarium (gratuito); o Park Café (gratuito); o Boardwalk Dog House, onde são servidos variados tipos de hot dogs (gratuito); o Ben & Jerry’s, que serve sorvetes (gratuito) e o Latte’tudes, para quem queira provar o autêntico café de Seattle.
Além de bons restaurantes e espaços para lanchinhos rápidos, o navio ainda reúne bares e lounges para garantir a diversão dos hóspedes/passageiros, como o Viking Crown Lounge/Disco; o 42nd Street Show Theater; o Casino Royale; o Top Hat Lounge; o R Bar e o Schooner Bar, onde acontecem também alguns shows e performances.
- Visitando a cozinha principal do Splendour of the Seas
Depois de fazermos um “tour virtual” pelos restaurantes do Splendour of the Seas através de fotos, vamos aos bastidores gastronômicos do navio: a cozinha principal, onde tudo, literalmente, acontece. Guiados pelo Chef Henrique Sparrow, conhecemos os níveis da cozinha principal, responsável pela produção de grande parte das preparações servidas a bordo – exceto os pratos servidos nos restaurantes de especialidade e no Chefs Table.
No primeiro nível da cozinha, encontramos a área de panificação, responsável por toda a produção de pães do navio – ao todo, por dia, são preparados 16.000 pãezinhos de cebola, por exemplo. Além da panificação, conhecemos também o setor dedicado à montagem de saladas, sobremesas, mesa de prova (onde as preparações são provadas uma a uma pelo chef, para que os sabores possam ser ajustados), câmaras frias e de fermentação, área dedicada aos pratos quentes etc. A cozinha é, sem dúvidas, um outro mundo e ela fervilha durante o dia para dar conta das demandas de todos os passageiros e tripulação.
A preocupação com a segurança dos funcionários e também do navio é grande. Nenhum dos fogões da cozinha do Splendour of the Seas funcionam com chamas. Tudo é preparado em cooktops e todos os equipamentos passam por uma checagem rigorosa de segurança, para minimizar a possibilidade de acidentes.
Na cozinha, há também uma visível hierarquia entre os chefs: do aprendiz ao chef mais experiente. Para identificá-los, uma espécie de colar de cores distintas mostra o percurso que um chef tem que trilhar até chegar ao topo da cozinha do navio. O colarzinho amarelo identifica o aprendiz; o azul, o chef de nível intermediário; o vermelho, o super chef! =P
Depois de passar quatro dias imersa nos sabores do navio, foi importante conhecer o espaço onde a “mágica” acontece. Mágica essa que é fruto de muito trabalho e sobretudo paciência. Cozinhas podem se tornar espaços bem caóticos, mas o importante é ver que as coisas lá funcionam bem e que há um cuidado grande com a segurança, mas principalmente com higiene, o que evita transtornos hospitalares depois! Ponto para eles!
Se você nos acompanhou nessa jornada gastronômica não deixe de ler também os nossos outros dois posts sobre a viagem a bordo do Splendour of The Seas. Aproveite que a temporada de cruzeiros no Brasil ainda não acabou e embarque em uma viagem tendo o mar como companhia constante e a certeza de que a gastronomia a bordo do navio, definitivamente, não decepciona! =)
Leia nossos outros posts sobre o Splendour!
>> Preparativos de viagem para embarcar no Splendour of the Seas
>> Estrutura e entretenimento oferecidos pelo Splendour of the Seas
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Outras informações
– Site oficial da Royal Caribbean: http://www.royalcaribbean.com.br/
- Agradecimentos
À Royal Caribbean pelo convite para participar dessa viagem e por nos dar a chance de vermos o mar por um outro prisma; a Lara Gianotti e Alexandre Tsuneta, da X Comunicação, pela confiança em nosso trabalho; aos amigos de viagem, que tornaram essa experiência ainda mais proveitosa: Antonia Toledo, a fofíssima Toninha; a queridíssima Zuleika, a Zu; Renata, do Tempere sua Viagem; Marcel e Aninha, do Programa de Viagem; JB, Marcel e Thiago, do Programa JB; Zarcillo; Samantha; Luiza; Renée e que eu não tenha esquecido de ninguém!!!
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Deu fome ler isso!
Que bom, Gerson! Então atingimos nosso objetivo! =DDDDD
Grande abraço,
Jana.
Muito atraente! hahahaha
=D
irei para esse navio a exatos 9 dias, no dia 01 de março.
e estou muito ansiosa, venho acompanhando suas dicas há alguns meses já, e gostei muito!!
muito obrigada, e assim que voltar darei notícias também sobre minha viagem.
Ótimo artigo! Viajarei pelo Splendour mês que vem e estava procurando uma review especialmente detalhada como esta! Vocês poderiam me informar se no restaurante Izumi, precisamos pagar essa taxa + os pratos a la carte ou apenas a taxa? Pode me passar uma noção de preço dos pratos? Estou curioso!