Se existe um movimento que considero curioso e interessante é o de tornar uma cidade, que inicialmente não possui grande potencial turístico, em um destino a ser considerado, principalmente em uma viagem de carro, quando se tem mais liberdade de escolher onde parar e de adicionar novos roteiros aos planos. O mesmo movimento que aconteceu em Itu e Joanópolis, no interior de São Paulo, de criar elementos para atrair visitantes e aquecer uma fatia do mercado inicialmente não considerada, acontece em várias cidades brasileiras, inclusive falaremos de uma hoje: Lagoa Dourada, no interior de Minas Gerais. Este movimento envolve não só órgãos públicos e privados, mas a própria população, que também se mobiliza e ganha com o aquecimento da economia local. Em Itu, criou-se a lenda de que na cidade tudo é grande – como o emblemático orelhão gigante instalado no município -; em Joanópolis, o que atrai os visitantes é a lenda de que aquela é a terra dos lobisomens; em Lagoa Dourada, o negócio mesmo foi torná-la a terra dos rocamboles!
Pensei em adicionar os rocamboles de Lagoa Dourada ao post sobre locais legais para fazer paradas entre Minas Gerais e São Paulo, mas achei que o fator criatividade deste lugar para atrair turistas acabaria por se perder. Pois bem… Se no meio do caminho de uns tinham pedras, em nosso caminho tinham muitos rocamboles! Em nossa viagem, em vários pontos, vimos outdoors que nos convidavam a visitar Lagoa Dourada e seus rocamboles. Não bastassem os outdoors, ainda entre um papo e outro com locais e um casal de viajantes, a mesma sinalização: – “Passem lá! Vale a pena!”. Eis então que Erik e eu decidimos fazer uma parada pela cidade para provar o quitute!
Entre outdoors e bate-papos, o nome que mais vimos/ouvimos foi o do Legítimo Rocambole, localizado no centro da cidade, na Rua Miguel Youssef – local de passagem de ônibus e caminhões. Reza a lenda que quem deu início à tradição do doce na cidade foi o casal que dá nome à rua onde se concentram as principais casas dedicadas ao quitute – o casal Miguel Youssef. Eles possuíam um bar no centro da cidade e resolveram inovar nos recheios dos rocamboles já presentes em seu cardápio, com receitas vindas da França. Uma tradição de mais de 100 anos então tornou-se um dos grandes atrativos de Lagoa Dourada, reiterada pelos habitantes e viajantes, colocando a cidade no mapa turístico de Minas Gerais. Erik e eu resolvemos então provar o rocambole mais tradicional do município – o do Legítimo Rocambole. Fizemos uma parada e provamos a versão de doce de leite, muito saborosa por sinal! Caso você queira, no entanto, fazer um tour gastronômico dedicado ao doce, na mesma rua ainda há o Famoso Rocambole e o Rocambole & Cia. Pela cidade, há outros locais de menor porte e de produção caseira também dedicados ao quitute, que mostram a adesão do povo à proposta de tornar Lagoa Dourada a terra dos rocamboles. Logo… Esqueça a dieta e não se reprima!!! Opções não faltarão!
- Outras informações:
– Localização das principais casas de rocambole de Lagoa Dourada: Rua Miguel Youssef, Lagoa Dourada, MG.
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Janaína,
Nem lembrava mais destas delícias (nem sei como esquecemos!!). Passamos também por Lagoa Santa, na volta do Santuário de Caraça, e as placas dos rocamboles eram tantas que resolvemos parar para experimentar também.
Realmente são uma delícia!
Um abraço!
Marcia, acho que é bem por isso que já gosto de fazer viagem por terra. A possibilidade de conhecer paradas legais e cidadezinhas é grande e você sempre acaba levando alguma curiosidade ou boa dica pra casa. Curti bastante a terra dos rocamboles e indico a parada!
Beijão,
Jana.
Que delícia de post, Jana! De dar água na boca! 🙂
Da primeira vez que passei pela cidade eu experimentei o rocambole do “Legítimo Rocambole”. Depois, um amigo meu me passou uma dica que o rocambole da “Padaria do Jaci” era o mais gostoso de todos! Desde então, passei a comprar lá! Montam na hora, do sabor que você escolher. E ainda fazem combinações. Da última vez trouxe um rocambole metade doce de leite, metade brigadeiro! Recomendo!
Bjos.
Lilian, mais que anotada a dica! 😉
Um grande beijo,
Jana.
adorei comer o rocambole de lagoa dourada, no dia do trilhão eu aproveitei pra almoçar no BAR DA MADALENA, e comer uma deliciosa farofa de tatu, uma delicia, a tantos anos que eu não comia isso.
é a carne de tatu picadinha na farofa de farinha de mandioca . delicia.
Que delícia, rocambole é sempre bem vindo, ainda mais se for possível escolher variados tipos de recheios…huuuuummmmmm, bom demais, excelente post.