- Uma experiência afetiva
Ao acordar e ver um belo “Dia Solar”, como a Jana sempre cita, identifiquei uma oportunidade de trazer um pouco de aconchego ao fim de semana que acabava de começar. Assistindo na tv uma reportagem que citou uma moqueca, a Jana rapidamente disparou um sonoro “… Hmmm, que delícia…” e dado o grande gancho decidi fazer esta surpresinha. Vasculhei a memória de elefante e lembrei de uma tarde quente e parecida com a que vivíamos, onde fui levado a um restaurante bastante simples e com um cardápio bastante específico e propício para a ocasião, o Restaurante Meaípe, indicação de um grande amigo e gerente comercial, o J.R. Morelli.
Lembrava-me que o restaurante era simples, bastante requisitado e referência na iguaria. Para quem está longe de casa, os sabores são em especial uma forma de lembrar das coisas simples e gostosas que povoam nossa mente e quis valer-me justamente desse recurso para tirar um sorrisão de Jana. Tudo isso é apenas introdutório e vamos diretamente ao que interessa, o restaurante e a experiência que vivemos.
Depois de errar um bocado, consegui finalmente achar o restaurante e, ao chegarmos no local, o proprietário Paulo César Casagrande, o Paulão, dava uma aula sobre preparo e composição da especialidade da casa a dois de seus clientes.
- O Restaurante Meaípe – Moqueca Capixaba
O lugar, bastante simples, sem luxos e localizado num badalado endereço de São Paulo, possui um cardápio carregado de informações culturais sobre o estado do Espírito Santo.
- A Moqueca Capixaba
Falando de moqueca existem apenas duas opções: a Moqueca de Peixe e a Moqueca de Peixe com Camarão. Depois de um pouquinho de dúvida ao olhar o cardápio, optamos pela opção finalizada com camarões.
A apresentação do prato é feita na clássica panela de barro, com sua coloração mais que tradicional e bem acompanhada por um belo pirão de peixe (igualmente servido numa panela de barro) e arroz. Nas mesas, há à sua disposição farinha de mandioca e pimenta.
Algo que realmente chama a atenção na casa é o fato de que os pratos são preparados na hora do pedido. As porções ficam montadas e resfriadas segundo conta Paulão. Uma vez realizado o pedido, lá se vai a panelinha diretamente ao fogo para que, rapidamente, chegue a deliciosa e fumegante refeição até sua mesa.
- Um pouco de história
Um ponto forte da visita é a atenção dada a todos os clientes pelo Paulão, o poliglota, viajado e divertidíssimo proprietário da casa, que sempre tem disposição para revelar todos os segredos para o preparo de uma deliciosa moqueca.
A casa possui diversos referenciais ao estado capixaba, desde fotos e artefatos, que inspiram a lembrança do cantor Roberto Carlos (conterrâneo do proprietário), quanto a bandeira com sua inspiradora inscrição “Trabalha e Confia”. Outros itens do imaginário capixaba ainda marcam presença como mapas, miniaturas do ônibus da Itapemirim e bebidas típicas, como o refrigerante Coroa.
Além da óbvia experiência gastronômica, a casa ainda conta com a distribuição dos exemplares trimestrais do jornal Capixaba-Paulista, onde Paulão atua como Editor Geral, sempre apresentando fatos, curiosidades e eventos relacionados ao estado do Espírito Santo.
Mesmo sendo a moqueca capixaba um tanto diferente da moqueca baiana, pude ver a alegria de Jana Calaça ao saborear o que segundo a mesma os baianos chamariam de um delicioso ensopado baiano. Bon Apetit!
- Mais informações:
Restaurante Meaípe – Rua Fradique Coutinho, 276 – Pinheiros – SP. (11) 3088-9103.
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Muito boa essa dica! Vou experimentar, parece ser maravilhosa!
Oi Cilene, o lugar merece mesmo uma visita, a comida realmente nos transporta para fora de SP, mesmo havendo o alarido dos carros transitando pela rua.
Delicia! Como a familia dos meus pais é toda do ES, nasci e cresci saboreando essa e outras delícias de lá! Curtindo a praia de Meaípe tb! Esse post me deu saudade! 🙂
Bjs, Eliane
Pôxa Eliane, fiquei feliz em ler esse seu comentário.
Acho que consegui no meu primeiro post solo (e revisado pela Jana) atingir o objetivo: Trazer boas recordações e despertar vontade aos que desconhecem.
Obrigado pelo feedback 🙂
Erik
Muito bom o post. Agradeço. Pode dar idéia dos preços médios?
Olá Nadiva,
O preço varia de acordo com o dia, semana ou fim de semana. Mas no almoço do sábado virou por volta de 45 por pessoa, já que optamos pela opção com camarão e nos esbaldamos de “Tubaína”.
Já gastei mais para me divertir menos! 🙂 Sei que durante a semana é mais barato. Vale dar uma ligada e confirmar os preços.
Erik
Agradeço a informação sobre os preços. São Paulo está ficando uma cidade totalmente inviável em termos de preços. Por isso perguntei. É um bom preço mesmo. E a foto da moqueca, imperdível. Vou lá no fim de semana.
Poxa vida! Adorei o blog, ótimaaas dicas, principalmente para marinheiro de primeira viagem, literalmente. Adoro visitar esse tipo de blog, vou começar a fazer turismo agora pela faculdade Brasília, o IESB…empolgada e feliz por estar unindo o útil ao agradável…é sempre tão bomm… =)
Vou visitar aqui sempre..=D Até mais
Oi Josiane,
Ficamos felizes com sua visita e comentário!
Sem dúvidas o turismo é uma das mais deliciosas atividades, até por nos proporcionar um tiquinho de contato com outras realidade. Parabéns pela decisão de ingressar nessa área e sucesso!
Legal sua reportagem, mas nao tem cabimento comparar a moqueca capixaba com a baiana, sao muito diferentes e, no meu gosto, a capixaba ganha de lavada. O dendê e o leite de coco da baiana estragam tudo.
Pelas fotos, achei a moqueca um pouco sem cor… Se tiver a oportunidade, venha ate Guarapari/es, no bairro Meaipe, e almoce no restaurante curuca, o melhor restaurante de moqueca capixaba do pais. Visite o site: http://www.cantinhodocuruca.com.br/
Abraços
Complementando o ultimo comentário que fiz.
Sou um baiano que morou 25 anos em Guarapari/ES. Comparar a Moqueca Capixaba com a Moqueca Baiana e/ou rebaixar a Moqueca Capixaba a peixe cozido, ensopado ou peixada, é uma coisa que ofende os capixabas, pois é um prato único do ES, com ingredientes e forma de preparo específicos.
Sei que a comparação feita na reportagem não foi pra ofender, não estou jogando pedras. Apenas estou orientando pra que você não cometa essa gafe se for ao ES.
Abraços