Uma das coisas que aprendi, ao longo dos anos, é que não existe uma fórmula exata a ser calculada e que resulte, no fim, em uma viagem de sucesso. Antes de qualquer coisa, é importante ter em mente que as pessoas são diferentes e é isso que nos traduz como indíviduos. Eu jamais digo a alguém para deixar de visitar determinado local apenas porque não gostei. Gostos são particulares, então prefiro sugerir experiências e não dizer ao leitor que deixe para lá um lugar que talvez ele gostaria de conhecer. O grande exemplo do que digo foi a experiência que vivi em Paris. Em meu roteiro, não havia Torre Eiffel, Champs Élysées ou o Museu do Louvre inicialmente, mas havia uma série de outras experiências que gostei de vivenciar e que, inclusive, traz outras facetas da cosmopolita cidade luz. Ao longo dos dias, contarei os meus dias de flâneur, em que perambulei pela cidade com o olhar atento para o que ela tinha a me oferecer.
Baudelaire popularizou o conceito de flâneur no século XIX, que, a grosso modo, trata-se do indíviduo que caminha errante por uma cidade, como se não prestasse atenção a ela, mas na verdade estando atento a detalhes, situações e miudezas. O verdadeiro flâneur aprofunda-se em uma cidade sem parecer ter por ela interesse, mas internaliza em si cada uma de suas experiências, guardando-as como um tesouro. O flâneur vive profundamente a cidade por onde caminha. Como uma aspirante a flâneur, me entreguei à Paris.
Se você está planejando fazer turismo em Paris, eu dou duas dicas: conheça os pontos turísticos (a Viator, agência parceira nossa, oferece passeios a Torre Eiffel, Champs Élysées, Museu do Louvre, Notre Dame, Sacré Couer, Moulin Rouge etc.), mas permita-se também descobrir outras coisas por si mesmo, sem roteiros predefinidos, como um autêntico flâneur, que caminha aparentemente sem rumo e sem pretensões, mas é guiado por um objetivo forte: descobrir uma cidade que se desnuda à medida que você ousa conhecê-la com calma e sem pressa.
Se é tradição comer queijo e tomar vinho ao pé da Torre Eiffel, é também tradição parar em um pequenino bistrot à hora do almoço, escolher o prato do dia (le plat du jour), pedir uma garrafa de água da torneira (sim, da torneira) acompanhado de uma taça de vinho da casa ou de um vinho à sua escolha. A ousadia está em escolher um restaurante sem possuir dicas nas mangas ou nos bolsos. Ouse! Não tenha medo! Foi assim que eu e meus companheiros de viagem – Pamela e Thiago – encontramos o La Vie D’Ange, um simpático bistrot, de luminárias com asinhas de anjo, onde nos quedamos para o almoço e para fugir do frio das ruas. Lá, experimentei um patê estranhíssimo, porém saboroso, que até o fim da refeição eu ainda não havia descoberto do que se tratava.
Depois do almoço, bateu uma vontade de comer um doce? Assim como descobrimos (e escolhemos na sorte) o bistrot, encontramos por acaso também a famosa sorveteria Amorino, depois de uma volta pelo Cimetière de Montparnasse (onde estão enterrados nomes como Charles Baudelaire, Samuel Beckett, Júlio Cortázar, Sartre e Simone de Beauvoir) e de dar de cara com corvos praticamente recém-saídos de um poema de Edgar Allan Poe. Depois da experiência lúgubre, nada como tomar um sorvete com um crepe quentinho, recheado de creme de amêndoas.
Se o sorvete não foi suficiente e deu vontade de comprar um chocolate baratinho ou algo para beliscar, corra para o Monoprix, uma mistura de mercado e loja de departamentos, que você certamente encontrará em vários cantinhos da cidade para salvar sua noite e economizar em compras menores ou em lanches (caso você queira fazer um piquinique, nestes mercados há queijos, vinhos, patês e beliscos diversos à disposição).
Se o seu forte é viagem de compras, não corra de cara para o Champs Élysées! Calma! Passe em La Defénse! Faça o caminho inverso! La Defénse é considerado o maior centro financeiro de Paris e reúne shopping centers onde você certamente encontrará desde locais para comprar maquiagem, roupas, chocolates a itens de decoração de ambientes. Não deixe de conhecer esta região principalmente pela sua feição moderna – um contraponto às ruas de arquitetura secular de Paris e pela presença do Grande Arco de la Défense, uma espécie de Arco do Triunfo moderno e arrojado, com seus 110 metros de altura.
Ande de metrô, de ônibus e pelas ruas pelo menos uma ou duas vezes em sua viagem. Se você quiser lançar mão da comodidade de contratar o serviço de uma agência, deixe um ou dois dias livres para sentir Paris! Descubra coisas novas, experimente, monte na sua memória a sua cidade luz, assim como estou montando a minha devagar, ao reunir as lembranças e pequenas descobertas que, aos poucos, partilharei com vocês! Aguardem então as cenas dos próximos capítulos!
Observações importantes: Por ser uma viagem internacional, é aconselhável fazer um seguro de viagem. Viajou para longe de casa, não deixe de fazer um seguro!
- Oriente-se:
– Endereço do La Vie d’Ange: 41, boulevard Saint-Jacques. Paris, 14e. Metrô Saint-Jacques (Linha nº 6).
– Endereço do Amorino: 4 rue Vavin 75006 Paris.
– Endereço do Cimetière de Montparnasse: 3 Boulevard Edgar Quinet, 75014, Paris.
* O Jeguiando viajou a convite da Atout France.
- Agradecimentos:
À Atout France pelo convite e por acreditar em nosso trabalho;
Aos amigos Pamela Fernandes e Thiago Khoury, pela companhia, pelos dias de riso, pelas boas histórias, por viverem comigo dias singulares e que guardarei na memória;
Ao Erik, meu amor, com quem voltarei à França um dia e que certamente fará fotos muito melhores do que as minhas.
- Visite:
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O máximo, adorei, Janaína. bjs
Muito legal esse depoimento, especialmente por encorajar as pessoas a fazer algo diferente das suas viagens e não ficar apenas nos passeios que todos fazem. Acho que é isso que faz a diferença e nos deixa mais contentes em conseguir descobrir lugares especiais. Dicas realmente muito boas!
Voltamos de Paris há 1 mês e eu e minha esposa, fizemos exatamente o que li da sua viagem e foi maravilhoso.
Que bom saber, Julio! =)))))
A La Defénse escapou-me… Não deu para ver tudo em 3/4 dias. Mas vou voltar com essa dica na mochila. Obrigado.
Europa é incrível. Vou para lá todo ano e sempre tento passar pela França, Portugal, Espanha, Inglaterra e Itália. Viagem para a Europa é tudo! Obrigado pelas dicas de Paris, ficaram ótimas.
Quando forem a Itália não deixem de visitar a |Referência publicitária excluída|
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Adorei o Blog e irei adicioná-lo para posteriores contactos!
Paris sempre me encantou. Quando fui, fiz todos os passeios que todo turista faz, pois a cidade era meu sonho.
Mas também conheci a cidade de um jeito diferente, fugindo do convencional. Procurando restaurantes e lugares que só os franceses conhecem. Andando pelas ruas e perdendo-se. Enfim conhecendo a alma da cidade.
Adorei o post e me identifiquei.
abç.
Thais
Tenho um enorme sonho em conhecer Paris. Já fui para Londres, ali pertinho, e em minha próxima viagem pretendo voltar a capital inglesa e esticar para Paris. Com certeza seguirei suas dicas.
Paris, a viagem dos sonhos!!!!!
Excelente matéria…
Obrigada pelas dicas!