Caros jeguiantes, entre os dias 25 e 31 de julho, a trupe do Jeguiando arrumou suas mochilas e cangalhas e partiu para uma fam trip em Bonito, a convite do Bonito Web e do Bonito Hostel. O Bonito Web, que cuida da divulgação do Recanto Ecológico do Rio da Prata e da Estância Mimosa, foi novamente nosso parceiro nesta viagem ao lado do Bonito Hostel, tocado por seu Luiz Octávio (que há anos reúne várias histórias sobre a cidade na cachola!) e tem em sua filha, a Maria Laura Junqueira, uma das maiores entusiastas da dinâmica do hostel, que já recebeu e recebe pessoas de todos os cantos do mundo, interessadas em descobrir o por quê de Bonito já ter sido citado mais de 9 vezes como o melhor destino de ecoturismo no Brasil. Na semana que passamos nesta cidade solar e sonora, revisitamos lugares que gostamos e conhecemos outros atrativos da região, que se encontram entre Bonito, Jardim e a Serra da Bodoquena. Hoje mesmo falaremos sobre a nossa visita à Boca da Onça Ecotur, situada em Bodoquena, onde fizemos uma pesada (porém deliciosa) trilha, tomamos banho de cachoeira e ainda avistamos a mais alta plataforma de rapel do MS, com seus 90 m de altura!
- Boca da Onça Ecotur – Receptivo
Nossa visita à Boca da Onça Ecotur começou no receptivo da Fazenda Boca da Onça, um imenso casarão com uma linda vista para a Serra da Bodoquena. No casarão, o visitante pode optar pelo Day Use ou pelos passeios oferecidos: trilha da Boca da Onça; tour com a oncinha (um veículo 4×4, com capacidade para 12 pessoas); trilha do Rio Salobra ou rapel na Boca da Onça.
Quem não quiser fazer nenhuma das atividades propostas, como disse, pode optar pelo Day Use da fazenda. Lá, o visitante pode aproveitar a piscina, que abriga várias espécies de peixes, como em um aquário, tomar sol e almoçar tranquilamente, curtindo o clima de fazenda. Para guardar os objetos pessoais, o local disponibiliza lockers e as chaves ficam todo o tempo em seu poder.
- Trilha da Boca da Onça: a pernada é boa, mas as cachoeiras te fazem esquecer o cansaço!
Entre as atividades propostas, lá fomos nós encarar a Trilha da Boca da Onça, que envolve um percurso de 4 km. Durante a longa trilha, fizemos paradas para conhecer um pouco sobre a vegetação da Serra da Bodoquena, avistar animais, principalmente aves, e tomar banho de cachoeira (geladas, mas lindas). Antes, porém, de partir para a aventura, é preciso assinar o seguro no receptivo (sim, todo o passeio que envolve o contato com a natureza envolve riscos também) e assistir a um vídeo sobre o passeio em si. Depois, é só vestir roupas leves, por um tênis ou papete nos pés e carregar água (imprescindível!). Leve o mínimo consigo. Quanto menos coisas para carregar, melhor você aproveitará o passeio. Não é permitido o uso de repelentes e protetor solar para não contaminar as águas das cachoeiras.
A trilha é bastante mista. Há trechos planos sobre plataformas de madeira (suspensas em relação à água), trechos planos de terra, escadas de madeira e escadas de pedra, essas mais íngremes e que exigem um pouco mais do joelho. Para fazer o passeio, é necessário conhecer seus limites e seguir as instruções do guia. Os guias são parte fundamental dos passeios. Eles conhecem a região e são eles que te acudirão caso seja necessário, portanto, respeite-os! 🙂

Jana Calaça e Erik Pzado. Cachoeira da Anta. Trilha da Boca da Onça, Serra da Bodoquena, MS. Imagem: Erik Pzado
A parte mais gostosa da trilha, sem dúvidas, é a imagem linda das cachoeiras e são muitas. Nem todas, no entanto, estão abertas ao banho. As que estão abertas, possuem em seu entorno boias e coletes salva-vidas para quem não sabe nadar ou que não esteja seguro em descer as cachoeiras sem suporte. A água das cachoeiras são bastante geladas, mas, depois do primeiro susto, você se acostuma ao frio, relaxa e curte a paisagem. Optamos por fazer duas paradas para banho: uma no Buraco do Macaco e outra na Cachoeira da Boca da Onça (com seus 156 m).
Para ter acesso ao Buraco do Macaco, é preciso passar por um túnel na rocha. Nada complicado. Há uma corda no canto para te orientar e te dar sustentação. Depois que passar o túnel, é só alegria. Uma vista deslumbrante te espera! 🙂
Depois de nossa primeira parada para o banho, demos continuidade à trilha. Como citei no início do post, o percurso tem um total de 4 km. No meio do caminho, porém, há um quiosque onde os visitantes podem descansar por cerca de 20 minutos. Lá, há cadeirinhas, bancos e um bar, que serve água, Gatorade, refrigerante, barrinhas de cereal e batata frita, para que o pessoal possa repor as energias e dar continuidade ao passeio. É do quiosque também que parte um veículo de apoio, caso você esteja cansado demais para continuar a trilha e que te levará de volta à sede.
- Cachoeira da Boca da Onça: um capítulo à parte
Chegamos, finalmente, ao ponto alto do passeio: a Cachoeira da Boca da Onça. Depois de andar mais um 1 km, partindo do quiosque de apoio, uma linda cachoeira – considerada a mais alta no Mato Grosso do Sul – te espera, com seus suntuosos 156 m de altura. De lá, você pode avistar também a plataforma de rapel da Boca da Onça, com seus 90 m. Ou seja, é, literalmente, o ponto alto do lugar! 🙂
Posso dizer com propriedade que nenhuma fotografia dá conta da beleza do lugar. É o tipo de experiência, meus caros, que a gente guarda na memória e não esquece. Como podem ver, os rochedos formam os contornos da carinha de uma onça, banhada, sem cessar, pelas águas frias que despencam do alto.
Assim como as águas do Buraco do Macaco, as águas da Cachoeira da Boca da Onça são muito (muito) frias, mas vale enfrentar o frio e aproveitar, afinal, a gente nunca sabe se conseguirá retornar a um lugar assim. Portanto, é contar até três e tchibum!
- Fim do passeio: uma escadaria de quase 900 degraus te espera!
Bom, depois que você relaxa na água, vê arco-íris, nada para um lado, nada para o outro, é hora de ir embora. Se pensarmos que a cachoeira tem 156 m de altura e que fizemos todo um percurso de descida para chegar até ela, é hora de pensar que… tchan, tchan, tchan… Temos de subir tudo de novo, meu povo! Para “facilitar” a subida, foi construída uma escada de mais ou menos uns 900 degraus e que, à medida que se sobe, vai ficando mais íngreme. Sou otimista em alguns momentos. Juro que tentei! Eu já tinha subido uns 386 degraus, quando, na 4ª plataforma, eu comecei a cansar muito (muito mesmo!). Antes de dar um piripaque, nosso muito atencioso guia, seu Luiz, sugeriu que retornássemos ao quiosque e de lá pegássemos o carro de apoio. Para um passeio terminar bem, seja prudente e conheça seus limites! Eu vi que não daria para mim, então, Erik, eu e seu Luiz refizemos 1 km de trilha rumo ao quiosque para pegar o carro. Muitos do grupo continuaram na escadaria, outros encararam numa boa, outros nem tanto. O importante é ser prudente sempre e você chegará ao seu objetivo sem se acidentar. 🙂
O passeio vale a pena! É pesado, mas vale a pena! Saímos de lá, Erik e eu, deslumbrados com a beleza do lugar. Tivemos um guia experiente (seu Luiz) para nos dar suporte e contamos ainda com a companhia de um grupo muito bacana de pessoas, todos eles conhecemos no Bonito Hostel. D. Elza, Débora, Marta, Maria Cecília, Álvaro, Jorginho, Edu, sua namorada e amigos, um grande e forte abraço para todos vocês. Um dia, esperamos encontrá-los por aí, em uma próxima viagem, para um abraço e um bate-papo. Vocês fazem parte de nossas boas memórias agora! Beijão da trupe do Jeguiando!
- Outras informações
– Localização: A 55 km de Bonito. Fazenda Boca da Onça, Bodoquena, MS.
– Site oficial: Boca da Onça Ecotur
– Reservas: (67) 3255-3410
– Guia que nos acompanhou: Seu Luiz
- Sobre a fam trip a Bonito:
– Agradecimento especial aos nossos anfitriões: Bonito Web e do Bonito Hostel
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[…] outras paragens e viver novas experiências, como, por exemplo, fazer a incrível trilha da Boca da Onça ou as primeiras flutuações na Lagoa Misteriosa, depois de receber seu alvará de funcionamento. […]
Salve pessoal do jeguiando, vcs tb fazem parte das minhas lembranças…seu Edu. – Rio de Janeiro.