Entre memórias e muitas fotografias, entre lembranças de dias tranquilos, solares e pontuados de muito aconchego, hoje escrevo sobre um dos passeios mais bacanas que fiz nesta viagem: a flutuação no Rio da Prata, que banha o recanto ecológico do Rio da Prata em Jardim, localizado a cerca de 51 km de Bonito. Acho que a combinação águas cristalinas + dia de sol + pessoas divertidas do grupo tornaram esta uma das experiências mais gostosas que trouxe desta viagem ao Mato Grosso do Sul, que aconteceu graças ao convite e à mobilização de nossos parceiros: o Bonito Web, portal especializado em três grandes passeios oferecidos pela cidade (Rio da Prata; Estância Mimosa e Lagoa Misteriosa); a agência de viagens Ygarapé Tour, que montou todo nosso roteiro, de forma que a sensação que tivemos foi que aproveitamos muito, apesar dos poucos dias que tínhamos disponíveis e o COMTUR, que, através da Secretaria de Turismo, nos deu todo suporte em terra.
- Recanto Ecológico Rio da Prata
– A casa
Nosso passeio começou cedinho para o Rio da Prata. Sei que tem muita gente que não gosta de acordar cedo, mas adianto que todo esforço vale a pena. Pegamos o primeiro horário para fazer a flutuação, o que significa que as águas estão mais cristalinas, devido à pouca movimentação de sedimentos. Fora que, quanto mais cedo você faz a trilha e desce o rio, o sol ainda não estará a pino, o que facilita bastante as coisas.
Chegamos no Recanto Ecológico Rio da Prata, sede do passeio onde o visitante pega todo o equipamento necessário e obrigatório para fazer a flutuação, assinar seguro e para onde todos voltam após o passeio para almoçar, relaxar nas redes ou simplesmente caminhar e aproveitar a estrutura da estância.
– Por dentro da casa: Aconchego, boa comida e artesanato
Além das enormes mesas de madeira que circundam toda varanda da casa, das redes de couro, de tudo mais que lembre fazenda, paz e sossego, a casa, por dentro, traz muitos cantinhos para visitar e presentear os olhos. Como sou amante de artesanato, tive muito tempo para observar as peças produzidas por bonitenses e pantaneiros, algo para levar para casa e ser adicionado às lembranças de vida.
O almoço servido na casa já está incluído no valor do passeio. Boa comida caseira, servida quentinha, com aquele toque de casa de fazenda. Para facilitar o contato entre as pessoas, as mesas grandes de madeira são um convite para reunir grupos distintos e fazer amigos.
- Equipamentos e instruções para a flutuação no Rio da Prata
Antes de partirmos para a flutuação no Rio da Prata, a nossa guia passou todas as instruções necessárias. Mais tarde publicarei um post completo em que falarei sobre a importância dos guias em Bonito e por que sem eles não há como fazer os passeios. A nossa guia em Bonito foi a Chris, por quem desenvolvemos muito carinho e respeito, principalmente por sua trajetória e competência. Quem estiver com viagem marcada, procurem a Chris como guia. Vale a pena!
– Instruções gerais
A nossa guia apresentou o mapa de toda a estância, de onde partiríamos, a trilha de aproximadamente 2 km que faríamos até chegar ao Olho D´água, o trajeto de flutuação no rio etc. As instruções gerais dadas foram: não usar bloqueador solar para não contaminar as águas; não bater as pernas para não levantar sedimentos; não pisar o fundo do rio, devido à vegetação; sempre nadar em fila indiana etc.
– Equipamentos necessários para a flutuação
Após as instruções da nossa guia, foram entregues para nós todo o equipamento necessário para o passeio: neoprene para a flutuação, sapatos especiais, máscara e snorkel. Todo equipamento está incluso no valor do passeio. Nossa roupa e pertences são depositados em sacolas e entregues a nós ao fim do passeio, portanto não se preocupe e curta a travessia. A troca de roupa deve ser feita nos vestuários ou banheiros da estância. Por baixo do neoprene, é necessário usar roupa de banho.
- Trilha para o Olho D´Água
Depois de devidamente paramentados, uma caminhonete leva o grupo e a guia para o início da trilha de 2 km até o Rio Olho D´Água, onde o passeio tem seu início e cujas águas se misturam com as do Rio da Prata. A trilha é bem tranquila, é uma descida, então não chega a cansar. É importante que as pessoas recolham o maior número de informações sobre o passeio para não ter surpresas ou acabar causando mal estar no grupo por não estar no barato de curtir este tipo de passeio. É preciso fazer a trilha, é preciso caminhar. É uma caminhada gostosa, que já acorda o corpo para a travessia do rio.
Ao longo da trilha, kits de primeiros-socorros, latões de lixo e placas de sinalização são encontradas no percurso. Além de toda a estrutura para as trilhas, um funcionário sempre faz o percurso antes do grupo partir para sinalizar se houve alguma queda de árvore, se está tudo ok para que o passeio possa acontecer, o que aumenta a segurança e traz tranquilidade a todos que farão a flutuação.
Uma dica para todos aqueles que farão este passeio. Não façam como eu, que deu uma de jacu e fez a trilha vestida totalmente com o neoprene. Debaixo do sol sul mato-grossense, em um neoprene preto, eu acabei ganhando uma sauna particular, suei feito cuscuz e ainda bem que meu desodorante era resistente! Hahahaha. Abaixe o neoprene até a cintura e tá tudo certo!
- Flutuação no Rio da Prata: a melhor parte, sem dúvidas, do passeio!
– Início da flutuação: Olho D´Água
Depois da trilha de 2 km, de caminhar de neoprene preto debaixo do sol sul mato-grossense, tudo o que você quer (pelo menos era o que eu queria) é a água fresquinha do Rio da Prata. É no Olho D´Água onde tudo começa. Nada mais gostoso que, depois de um calorzinho, cair na água cristalina, ver peixes coloridos te rodeando, boiar, relaxar e esquecer da vida. Ô coisa difícil! 😛
Ainda levamos um tempinho no Olho D´Água para acertar os pontos da travessia. Limpar máscara, acostumar o corpo à flutuação, receber instruções de como descer corredeiras, de nadar no meio do rio para não nos engancharmos em galhos de árvores que ficam às margens etc. Depois de todos os acertos, o passeio finalmente começa e aí, meu caros jeguiantes, a palavra se cala e as imagens falam por mim. 😉
– Durante a travessia do Rio da Prata: debaixo d´água, um mundo azul e de múltiplas cores aparece!
Durante toda a travessia, a guia está sempre por perto para dar suporte ao grupo. É importante salientar que um grupo desce o rio por vez. A saída para o rio é cronometrada, tudo em nome do controle e da preservação do meio ambiente. A razão de descerem grupos pequenos, até 9 pessoas no máximo, está relacionado com segurança, com a quantidade de sendimentos levantados e para evitar confusão. Em grupos pequenos, em lugares de correnteza, diminui as chances de as pessoas se embolarem no meio do caminho.
Durante o trajeto, você poderá, além de observar os peixes típicos da região, ver jacarés, sucuris, lontras, macaquinhos e outros animais que, eventualmente, aparecem. Demos a sorte de, na travessia, avistarmos dois jacarés e uma lontra. Apesar das pessoas se assustarem ao ouvir palavras como jacaré e sucuri, é importante deixar claro que os animais se esquivam de nossa presença e não partem para cima. É só manter distância e tá tudo certo!
– Fim da flutuação no Rio da Prata
Nossa travessia durou quase 4 horas, mas contando paradas para fotos, para observação de animais etc. Caso alguém não consiga concluir o percurso, uma embarcação pequena estará de prontidão para levar o visitante até o fim do passeio, como foi o caso de uma menina, que fez a flutuação com os pais. Faltando uns 20 minutos para terminar a flutuação, ela optou por pegar a embarcação e esperar nosso grupo no deck. O importante é saber que o passeio é indicado para todas as idades, contanto que as pessoas conheçam seus limites e não forcem a barra com o corpo. Se sentir que está se cansando, é só pedir o apoio!
Ao fim da flutuação, um integrante da equipe do Rio da Prata nos espera no deck para entregar nossas roupas e pertences. Lá, entregamos também todo o equipamento utilizado na flutuação para que seja posteriormente higienizado.
O saldo do passeio: uma das experiências mais positivas e inesquecíveis que pude vivenciar durante esta viagem e que vale muito a pena. Como disse no início do post, além de termos, Erik e eu, contato com as águas mais cristalinas que pudemos ver até então, com peixes, paisagens, observar animais, ainda tivemos a sorte de fazer a travessia com um grupo bacana, com pessoas de mente aberta, que seguiram todas as regras, respeitaram o espaço dos outros, interagiram, riram, fotografaram juntas, enfim, tivemos a sorte de vivenciarmos uma experiência tão positiva com pessoas que estavam em sintonia com a proposta do passeio. Se tem algo que tenho a dizer sobre Bonito é que todas as regras, limites e instruções são necessários e precisam ser respeitados para que tudo dê certo. Quem não consegue conviver com isso, é melhor ficar em casa e gastar o dedo no controle remoto da TV!
- Dicas importantes para curtir a flutuação no Rio da Prata
– Leve toalhas e roupas limpas para tomar um banho e se trocar depois da travessia. Relaxado, você poderá aproveitar com mais conforto o almoço e o descanso nas redes da estância;
– É proibido o uso de bloqueador solar no rio, mas, depois, é bom passar na estância para caminhar;
– Para fotografar as águas do Rio da Prata, sugiro comprar uma câmera descartável ou alugar nas agências ou no hotel as câmeras subaquáticas ou que estejam acomodadas em caixas-estanque;
– Durante a trilha, abaixe o neoprene até a altura da cintura para não ser cozido;
– Respeite os seus limites. Se não conseguir fazer toda a travessia, peça o apoio e termine o passeio na embarcação-suporte oferecida pelo passeio;
– Respeite seu guia e as regras. Eles são importantes para sua segurança e para o sucesso do seu passeio!
- Adicione o passeio ao seu roteiro!
Caros jeguiantes, espero que tenham gostado do post sobre a flutuação no Rio da Prata. Para maiores informações, acesse Bonito Web e Ygarapé Tour e veja como se programar! Ah, e não deixem de acompanhar os próximos posts sobre nossa visita a Bonito! Até a próxima!
- Agradecimentos pelo convite: Ygarapé Tour; Bonito Web; Marruá Hotel; COMTUR – Conselho Municipal de Turismo – Bonito – MS
- Guia que indicamos para seu passeio: Chris (Contato: crisguiabto@hotmail.com ou através do fone (67) 3255-1837.
- Post: Janaína Calaça.
- Imagens: Erik Pzado, Chris e Tio Boca.
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Muuuuuuito lindo o lugar.
Nossa, me encantei. Assim que tiver uma oportunidade, com certeza irei. Posso imaginar sua felicidade qnd lembra de um passeio como esse. Deve transmitir uma paz imensa.
Em Porto de Galinhas tem o passeio de jangada, para observação dos peixes. A água é cristalina tmb, mas não como essa das fotos.
Adorei!
Parabéns!
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