Toda viagem sempre envolve fotos. A fotografia é, antes de tudo, uma memória externa, que recorremos quando a nossa falha. Com tantos fatos e vivências para armazenar, algo sempre acaba sendo esquecido, deletado e as fotos estão aí para cumprir a sua função de nos ajudar a não esquecer. Quando retornamos de uma viagem, é hora de sentar para escolher as imagens: pontos turísticos, poses ensaiadas, flagras e sorrisos e há sempre algo peculiar que foi enquadrado pelas lentes e que só lembramos quando é hora de reviver. Remexendo no meu baú, encontrei estas fotografias tiradas dos muros argentinos, seja em Buenos Aires, na Plaza de Mayo – conhecida pelas manifestações que rolam por lá – ou em Rosário, na província de Santa Fé. Apesar de serem registros de 2009, a mensagens estão em sintonia com os acontecimentos de hoje. Seja pelo boom de compras coletivas, que, apesar de eu não ter nada contra, está envolvendo as pessoas em um consumismo desenfreado, seja pelas discussões em torno da homofobia e que envolve os direitos dos homossexuais (estou realmente feliz por nosso país ter dado um passo à frente, garantindo o direito da união estável entre indivíduos do mesmo sexo, um direito civil há muito tempo negado), seja pela mensagem que nos chama a atenção para o processo de massificação a que estamos subjugados ultimamente, em que padrões devem ser seguidos, calando as diferenças e potencializando a exclusão. Já que uma imagem fala mais que mil palavras, deixo para vocês esse registro dos muros argentinos e da atemporalidade de suas mensagens.
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