Filmes que te fazem querer viajar – Rio


Caros jeguiantes, recentemente Erik e eu tivemos a oportunidade de assistir à animação Rio, dirigido por Carlos Saldanha. Assistimos ao filme em sua versão 2D mesmo, até porque todas as vezes que resolvo encarar um filme em formato 3D, eu saio de lá azucrinada! Gosto de animações e estava curiosa com relação ao enredo de Rio e, principalmente, às representações identitárias do Brasil. Não é raro ocorrer simplificações, apelar para os clichês, mas, apesar da presença de todos estes pontos, ainda assim vale a pena reservar um tempinho para assistir à animação.

Rio conta a história de uma ararinha azul, que, ainda filhote, foi capturada para ser vendida no mercado negro de animais exóticos. Durante seu transporte para a cidade de Minnesota, nos EUA, o animalzinho acaba sendo arremessado do carro onde era transportado e encontrado por Linda, uma menininha que nomeou o pássaro de Blu e, desde então, passou a cuidar da ararinha. Linda e Blu cresceram juntas. Devido à sua domesticação, o pássaro acabou não aprendendo a voar e era segregado pelas outras aves. Toda a calmaria e a zona de conforto de Blu acaba, quando um ornitologista – Túlio – parte do Brasil para Minnesota à procura do último espécime macho de arara azul, para, em um último esforço de evitar a extinção da espécie, propor à Linda levar Blu para “namorar” Jade e, assim, gerar filhotes e evitar o processo de desaparecimento das araras azuis. E é aí que toda a aventura de Blu começa!

A animação toca em pontos importantes como o tráfico de animais silvestres e os danos pelos quais eles passam até chegar a um comprador. Voltado para o público infantil, mas perfeitamente adequado para todas as idades, Rio nos convida a questionar o capricho de criar um animal selvagem, fora de seu habitat, e as consequências deste capricho. Os animais se não chegam mortos ao seu destino, chegam, muitas vezes, doentes, machucados e famintos, presos em gaiolas minúsculas, bem representado pela superpopulação de uma espécie de pássaros trancafiados em uma dessas pequenas jaulas. Além de dirigir um olhar para o tráfico de animais, a animação fala sobre a preocupação de evitar a extinção de algumas espécies, resultado de uma ocupação espacial predatória, por exemplo.

Apesar dos velhos clichês do olhar estrangeiro em relação ao Rio, como a caricatura do carnaval, ainda assim, não podemos deixar de admitir que, apesar das simplificações, alguns dos elementos pontuados são parte da identidade do Rio de Janeiro. No entanto, a cidade foi mostrada em sua beleza. Na grandeza do Pão de Açúcar e dos morros, no serpentear de sua orla, no seu anoitecer brilhante, nas calçadas famosas de Copacabana, nos arcos da Lapa e nas ruas antigas de Santa Tereza. Quem conhece o Rio, identificou cada pedacinho representado no filme e a atmosfera leve daquela cidade, mesmo muitas vezes representada pela mídia sensacionalista apenas através da violência. Rio vale a pena ser assistido e é um daqueles filmes que, certamente, te fazem querer viajar. 🙂

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