Até o momento, sem dúvidas, Tiradentes é a cidade mineira de que mais gosto. Um dia, no entanto, posso passar a gostar mais de outra, mas, atualmente, essa pacata cidade do interior de Minas Gerais é o meu dengo. Ouso até dizer que gosto mais dela do que Ouro Preto, que, sem dúvidas, é uma das cidades mais emblemáticas para a história do estado e de que gosto muito também. Mas, não adianta… É como o sabor de sorvete… Cada um tem o do coração! Durante nossa estadia, Erik e eu fizemos questão de percorrer sem pressa esse lugar, que até parece cenário de novela de época, pela quantidade de casarões antigos e sobretudo pelo ritmo da cidade: um tempo dentro de outro tempo. Um tempo, onde tudo acontece de forma mais devagar. Um tempo em que as pessoas ainda conseguem tomar um café, conversar, sem ter que olhar desesperadas para o relógio! Nessas andanças, fomos registrando algumas imagens, que para nós eram emblemáticas. Longe de querermos bancar a filial do Google Street View, deixamos para vocês um pouco do nosso olhar em relação a Tiradentes e um convite para conhecer essa linda cidade mineira, que nos arrebatou!
- Roteiro de um dia em Tiradentes – Da rodoviária ao centro
Assim que o visitante adentra Tiradentes, as paisagens de estrada já mudam. Em lugar de asfalto, ruas calçadas por enormes pedaços de pedras lisas já são avistadas e fazem o carro sacolejar. Além do calçamento típico, os antigos casarões coloniais vão também pontuando a paisagem e dividindo espaço com árvores e com a imagem imponente da Serra de São José.
- Capela de São Francisco de Paula (do morro onde está localizada a capela é possível ter um panorama incrível da cidade)
Se antes de percorrer a cidade a pé, você quiser vê-la do alto (até mesmo como uma forma de orientação), sugiro que, a partir da rodoviária da cidade (bem na entrada de Tiradentes), siga pela rua São Francisco até chegar ao alto do morro, de onde se tem uma vista privilegiada da cidade, inclusive da famosa Igreja Matriz de Santo Antônio. Lá também se encontra a Capela de São Francisco de Paula, construída no século XVIII, e um cruzeiro posicionado no local em 1718, quando o pequeno arraial foi elevado à condição de Vila de São José del Rei, até, por fim, se firmar como cidade mais tarde.
- Rua do Chafariz, Igreja Matriz de Santo Antônio e Casa da Câmara
Se você avistou a Igreja Matriz de Santo Antônio do alto, mas quer vê-la mesmo é de perto, então siga até a Rua do Chafariz. Esta rua, pontuada de antigos casarões coloniais, pousadinhas aconchegantes (a Pousada do Ó, onde ficamos hospedados, fica lá), também abriga, além da principal igreja da cidade, a Casa da Câmara, construída em 1717 e que servia para receber figuras ilustres da época.
- Rua Direita, Capela de Nossa Senhora do Rosário e Antiga Cadeia Pública
Depois de conhecer a Igreja Matriz de Santo Antônio, sugiro que caminhe até a Rua Direita – lá se concentram bons restaurantes (como o Spaguetti, uma encantadora cantina italiana, e o estrelado restaurante Tragaluz), alguns ateliês e lojinhas, principalmente dedicadas ao artesanato local, à arte com madeira e objetos de decoração.
Na Rua Direita, você encontrará também dois importantes pontos turísticos da cidade: a Capela de Nossa Senhora do Rosário – cuja construção se deu entre 1708 e 1719 – e a Antiga Cadeia Pública. Conta a história da cidade, que a Capela de Nossa Senhora do Rosário foi erigida por escravos, que “levavam em suas unhas e cabelos ouro roubado de seus senhores para decorar a igreja e as imagens que compõem seus altares são de cor negra, com exceção da imagem de Nossa Senhora do Rosário”. (Fonte: http://www.tiradentesgerais.com.br/)
Seguindo a Rua Direita, encontramos também a Antiga Cadeia Pública, que hoje funciona como Museu de Arte Sacra. A construção original data de 1730, mas, em função de um grave incêndio em 1829, toda a edificação precisou ser reconstruída em 1835 (que é a versão que vemos hoje).
- Largo das Forras – o centrinho de Tiradentes, onde se concentram bares, restaurantes e lojinhas
Depois de caminhar pela Rua Direita, entre seus casarões coloniais e em seu calçamento de pedra (de tênis ou calçado confortável), sugiro seguir para o Largo das Forras e terminar seu passeio por lá (de preferência em um barzinho ou restaurante).
O Largo das Forras foi assim nomeado por ter sido o local onde os escravos recebiam sua carta de alforria, em tempos de fim de escravidão. Hoje, os antigos casarões coloniais, que antes abrigavam as famílias mineiras, foram sendo reconfigurados e adaptados ao turismo, atividade que se tornou sinônimo de subsistência para muitos dos habitantes de Tiradentes. Bares, restaurantes, lojinhas e até opções de hospedagem são encontrados neste pequeno centro, além de edificações e monumentos históricos.
Para tomar um café, sugiro o Templário – que pratica os preços de São Paulo e fica em uma das esquinas do largo – e, para economizar no jantar, o Bar do Celso é uma boa pedida (simples, sem firulas, no melhor estilo comida caseira). Segui as dicas da Silvia do Matraqueando, que descreve muito bem a atmosfera do lugar e a comida. Confira aqui. Para terminar o dia com chave de ouro, passar em uma das lojinhas do largo, onde são vendidos doces em compota, bombons e chocolates, é, sem dúvidas, uma ótima pedida! 🙂
Gostou do nosso roteiro de um dia em Tiradentes? Então não deixe de conferir nosso post também sobre dicas e informações sobre a cidade para você aproveitar melhor a viagem (de seguir a previsão do tempo a calçados!). 🙂
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Concordo, Tiradentes é uma maravilha… já estivemos lá em 2009…….. quem sabe retornamos lá….
abs,
Revisitar uma cidade que a gente gosta é sempre bom. Há cidades que não cansam. 🙂
Também tenho Tiradentes como a minha cidade favorita. Inclusive ela foi o tema do primeiríssimo post do Sem Destino.
Beijo, nêga
Pedro Serra » Hahahahaha! Acabei de dar uma olhada no seu post! Eu fiquei com uma vontade grande de fazer os roteiros no meio do mato, mas acabamos nos embrenhando em outras cidades, choveu bastante em alguns dias e pimba! Ficou para outra vez!
Um grande abraço, meu nêgo!
Jana.
Delícia de roteiro, nêga! beijo!
Roteirin simples, mas dá para conhecer muita coisa em uma caminhada! 🙂
Beijão, Lud!
Jana.
Oi, Jana. Tudo bem?
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem 😉
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Bóia Paulista
Obrigada por compartilhar, pessoar! 🙂
Um grande abraço,
Jana.
Excelente roteiro e como escrito deu vontade danada de fazer. Colocamos na nossa agenda e se um dia estivermos para esses bandas, faremos essa espetacular caminhada.
Walter, que bom que gostou do roteirinho! É bem fácil de caminhar em Tiradentes (mesmo com todas as suas pedras!!!). Espero que consiga reservar um dia para conhecer a cidade! 😀 Vale a pena! 🙂
As cidades mineiras são mesmo umas gracinhas e vale muito a pena conhecer parte da história do nosso país. Tiradentes é linda, de um jeito bastante particular e incrível. A dica de roteiro também é maravilhosa, uma delícia para passar alguns dias curtindo.
Tiradentes é tranquila, linda e um lugar bacana para se desligar do mundo! Recomendo! 🙂
Jana, obrigada pelas excelentes dicas…amanhã vou aproveitar bastante!
Vou tentar a sorte na Pousada do Ó que já tinha sido a minha escolhida.
Bjks
Rê, veja se o desconto ainda está valendo para leitor do Jeguiando. É de 10%, mas vc precisa conversar com o Alan Gandra e dizer que conversou com a Janaina, do Jeguiando. 🙂
Janaína o seu Blog é fantástico e os roteiros de Minas gerais estão muito bem descritos aqui com excelentes dicas para viajantes.
Obrigada, João! 😀 Fico feliz em saber que o que publicamos é útil para as pessoas! 😀
Um grande e forte abraço,
Jana.