Caros, jeguiantes, vamos falar hoje do nosso terceiro dia em Cancun! Bom, como todos sabem, já acordamos (como sempre) com aquele azulão indecente na frente, com o som das ondas quebrando na praia, passarinhos cantando, arpas (a parte da arpa é só licença poética, tá?). Acordamos bem cedo neste dia, porque passaríamos um dia inteiro em Xcaret, um ecoparque que fica a 1 hora de carro de Cancun e que faz parte do conjunto de atrações turísticas, que compõem as cercanias da cidade.
Tomamos o café da manhã com Ana, Laura e os outros blogueiros, todos levemente zumbis por terem dormido tarde e acordado cedo. Enquanto tomava meu chafé (o povo lá tem a mania dos americanos de tomar café ralo!), observava alguns itens servidos no café: tortillas, frijoles… Cardápio bem levinho para um desjejum, mas beleza! Viva o México!!! Arriba!!! Viva seus estômagos fortes!!! Viva!!! Ai, ai, ai!!!
Pegamos a van e rumamos para o Xcaret. Lá para as tantas, as únicas pessoas acordadas eram a Lúcia Malla, Fábio, Laura e o tiozinho que dirigia a van (óbvio). O resto estava capotado no carro (inclusive eu), sonhando com carneirinhos usando sombreros. Choveu um pouco durante o trajeto, o que me fez crer que o dia estava perdido, mas, por sorte, o aguaçeiro foi dar um passeio em outras bandas e pudemos aproveitar o dia.
Chegando em Xcaret, fomos reservar logo os passeios que queríamos fazer e que não estavam inclusos no pacote plus. Lúcia, Pedro, Sheila, Fábio e eu decidimos então pelo mergulho com tubarões. Para quem não sabe, sou uma pessoa que nutre um amor secreto pelos bichanos e, para mim, nadar ao lado de um, mesmo sabendo que é um tubarão lixa e não um Cabeça chata ou Branco, já é aventura e emoção para pelo menos uns 20 anos. Compramos uma câmera peba (traduzindo: fuleira), sem flash e à prova d’água, para podermos tirar fotos dos tutubas, quando fôssemos fazer o mergulho. As fotos estão uma piada à parte, mas tudo bem. Sei que vocês, leitores, são compreensíveis!
Com o comprovante de compra em mão, fomos dar início ao passeio que, em qualquer lugar do mundo, conta com o maior inimigo do viajante: a burocracia. Perdi as contas de quantas filas enfrentamos. Uma para tirar a toalha, outra para pegar a chave do armário, outra para pegar o salva-vidas, outra para guardar nossos trecos em uma bolsa, que seria levada até o fim do trajeto, outra para pegar o equipamento de snorkel, enfim… Você passa quase uma hora fazendo só esta maratona. Ai, cansei!
Bom, mas depois de tantas filas, de tanta burocracia, conseguimos finalmente descer para o rio para fazermos a travessia com o snorkel. Como todos sabem, o Xcaret é um parque que mescla o natural ao artificial, então não sabíamos exatamente o que era cenário e o que era contribuição da natureza. Acredito, no entanto, que tinha umas caverninhas lá que eram naturais, mas vai saber, né? Fizemos a travessia. Eu lá, tentando não engolir água (sou atrapalhada, como todos sabem) e Fábio me acompanhando e tentando evitar que eu metesse a cara em uma rocha, já que parte da travessia era feita em caverninhas. Lúcia, que é bióloga, como sempre, atrai bichos! Ela nos parou para mostrar um casal de morcegos, que não estava nem aí para a platéia e que estava sutilmente “dando uma” em um canto da caverna.
Quando terminamos a travessia, nos reunimos com o grupo e de lá fomos fazer o mergulho com os tubarões. Lúcia, Pedro, Sheila, Fábio e eu recebemos então as instruções de como lidar com os bichanos. Sim, mesmo os tubarões lixa, que são razoavelmente dóceis, têm suas regrinhas. Colocar a mão na frente da boca do tutuba é pedir para perder um dedo! Mas, continuando nossa saga… Fizemos todas as etapas do passeio. Recebemos as instruções, depois tocamos nos tubarões, tiramos uma foto com eles no colo (o nome do nosso era Polock) e, por fim, descemos para a água com o equipamento de snorkel para fazer o mergulho. Sheila estava arrancando os cabelos de medo (brincadeirinha) e eu estava emocionada (com medo, mas emocionada). Tomei um susto básico quando um deles passou por debaixo de minhas pernas, mas tudo bem…
O mergulho foi tranquilo, tiramos algumas fotos, que sairam toscas (mergulhar, prender a respiração e ainda focar um tubarão é como chupar cana e assobiar ao mesmo tempo!). O saldo deste passeio foi positivo. Os instrutores, depois que o passeio termina, falam um pouco sobre a situação da pesca predatória dos bichinhos, tentando conscientizar quem passa por lá sobre o possível desequilíbrio ambiental que pode acontecer caso estes animais sejam extintos. Enfim, gostei muito de ter passado alguns minutos com estes animais incríveis. Valeu a pena!
Depois de tantas emoções (toca Roberto Carlos aí, ó), fomos almoçar com o grupo no La Cocina, um restaurante localizado no próprio Xcaret, especializado em comida mexicana. O lugar é super bacana! A decoração é bem cuidada, preocupada com detalhes e principalmente em reproduzir o México que os turistas querem ver, ou seja, reproduzir todos os clichês adoráveis que esperamos encontrar. O restaurante funciona no esquema de buffet livre e o visitante tem direito a uma refeição no espaço ou em qualquer um dos outros restaurantes espalhados pelo Ecoparque.
Assim que terminamos de almoçar, com direito a churros mergulhados no doce de leite como sobremesa, fomos assistir à apresentação dos Voladores de Paplanta, que realizam uma espécie de dança para o criador. Apesar da apresentação ser breve, foi emocionante ver de perto. Tudo bem que fico imaginando como o tiozinho, que fica dando pulinhos em um tamborzinho lá em cima, não se desequilibra e se “estaboca” no chão. Se eu dependesse de um trabalho desses para sobreviver, pode ter certeza que viveria de luz e realizaria fotossíntese. É mais seguro!
Após a apresentação, o grupo se dissipou e cada um acabou escolhendo o que mais chamava a atenção para fazer. Depois de um banho e de trocar de roupa, fomos visitar as ruínas Maias, que fazem parte do sítio arqueológico do Xcaret. Apesar de não se tratar das edificações maiores, mesmo assim foi também emocionante ver de perto. Ah… Detalhe… Enquanto caminhávamos, nos deparamos com umas trocentas iguanas! Tá vendo que nem tudo é clichê?
Seguimos um pouco mais e visitamos então o aquário do Xcaret, o tanque com as imensas tartarugas e passamos pelas piscinas naturais. Só não caí na água, porque já tinha tomado banho e vestir novamente um maiô era pedir pra dormir no trajeto! Antes de voltarmos para o ponto marcado para nos encontrarmos com o restante do grupo, Fábio e eu sentamos em umas cadeirinhas e ficamos lá… Lerdos, com sono, cansados, mas chegando ao consenso de que o passeio tinha valido a pena!
Quando nos encontramos com o restante do povo, assistimos rapidamente a uma apresentação musical com direito a um show de cavalos e de lá fomos para o teatro do ecoparque. Para finalizar o dia no parque, há uma apresentação teatral que conta a história do povo Maia, a invasão dos espanhóis, o processo de ocupação do território e a colonização e por fim os desdobramentos. Várias cidades mexicanas foram representadas durante o show e finalmente assisti a um show com Mariachis… Todos com seus sombreros, seus bigodões e calças arroxadas! Mas… Não tocaram La Cucaracha! Hunf!
Depois, em outro post, falarei mais detalhadamente do parque e especialmente desta apresentação. Hoje, só me dediquei a traçar um breve panorama (que não ficou tão breve assim) sobre nosso 3º dia em Cancun. Saldo do dia: blogueiros cansados, tendo que se preocupar em arrumar as malas para viajar no dia seguinte. Mas beleza… Ainda tivemos muito tempo para rir das histórias esdrúxulas um do outro na van de volta ao hotel. Foi um dia bacana, mas tudo que víamos à noite era a cama dançando convidativa em nossa frente.
Fim do 3º dia em Cancun! #cancuncainarede
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gostaria de saber se esse hotel de cancun é bom, e como funciona o sistema all inclusive, tem restrições quanto horario ou tipo de comida ou bebida??
Boa tarde
Uma ajuda pf, para estar junto dos tubaroes temos de fazer mergulho ou podemos estar na mesma com eles?
deve ser uma sensação unica!
Obrigado